Sinto-me
muitas vezes baralhada sem saber o que é melhor para as pessoas… que tento
ajudar o melhor que posso e sei. Mas há situações em que se não vê jeito de
haver melhoras. Nem a muita oração! Deus lá sabe porquê… e o que quer de cada
um de nós.
O
tempo de penitência, já ouvi hoje dizer que acabou. Talvez, aqueles jejuns e
abstinências próprias da época quaresmal, pois penitência normal é de todos os
dias e de todos os tempos, até que estes tempos nos sejam retirados pelo Senhor,
isto é, no final da vida.
Ontem,
no final da Vigília Pascal, tive uma pessoa que me disse muito satisfeita que
tinha rezado quatro terços… numa… Vigília Pascal!... Bom! Sem comentários. Pois
o único comentário que fiz comigo e com o Senhor foi que há muito que aprender,
muito que viver, e que há pessoas que amamos e queremos ajudar mas acabamos por
não encontrar como.
Que
o Espírito Santo nos ajude!
Penso
que esta meditação que vou partilhar devia ser muito bem explicada a muita
gente que nem sequer tem possibilidade de a ler!
“”São Pedro
Crisólogo (c. 406-450) bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 108; PL 52, 499
«Estendia as mãos todos os dias a um povo rebelde»
(cf Is 65,2; Rom 10,21)
«Exorto, irmãos, pela misericórdia de Deus» (Rom
12,1). Paulo faz um pedido, ou melhor, Deus faz um pedido através de Paulo,
porque prefere ser amado a ser temido. Deus faz um pedido porque prefere ser
Pai que Senhor. […] Escuta o Senhor pedir [através de seu Filho]: «Estendia as
mãos todos os dias»; pois é estendendo as mãos que normalmente se pede.
«Estendia as mãos». A quem? «Ao povo». A que povo? A um povo que não era apenas
descrente, mas «rebelde». «Estendia as mãos»: Ele abre os seus braços, dilata o
seu coração, apresenta o peito, oferece o seio, faz de todo o seu corpo um
refúgio, mostrando nesta súplica como é Pai. Escuta Deus a pedir noutra
passagem: «Meu povo, que te fiz Eu, em que te contristei?» (Mq 6,3) Pois Ele
diz: «Se não reconheceis a minha divindade, reconhecereis a minha carne».
«Vede, vede em Mim o vosso corpo, os vossos membros, as vossas entranhas, os
vossos ossos, o vosso sangue! E se temeis o que é de Deus, porque não amais o
que é vosso? Se fugis do Senhor, porque não correis para o Pai?»
«A enormidade da Paixão de meu Filho, por vós
causada, poderá cobrir-vos de confusão. Não tenhais medo! Essa cruz não é o meu
patíbulo, mas o patíbulo da morte. Esses cravos não fixam em Mim a dor, mas
cravam mais profundamente em Mim o amor que tenho por vós. Essas feridas não Me
arrancam gritos, introduzem-vos ainda mais no fundo do meu coração. O
esquartejamento do meu corpo dá-vos um lugar maior no meu seio, não aumenta o
meu suplício. Não perco o meu sangue, derramo-o para resgatar o vosso. Vinde,
pois, voltai, reconhecei em Mim um Pai que paga o mal com o bem, a injustiça
com o amor, e estas feridas com enorme ternura».””
Peço
a mim mesma que nunca desista de procurar ajudar alguém a encontrar melhor
caminho… e peço a toda a gente muita atenção a quem vive a seu lado não para
criticar ninguém, pois cada um é como é, mas todos, bons ou menos bons, somos
seres humanos que Deus ama e quer ver sempre felizes, e nós temos de ser as Suas
mãos, os Seus pés, o Seu carinho, a Sua compreensão e afecto, a Sua boca para
conseguirmos dessas pessoas alguma coisa que valha a pena para a felicidade de
toda a gente.
Perdoem-me
os desabafos. O Tempo Pascal é de Alegria, e é com Alegria Pascal que temos de
tudo fazer para levar as pessoas a amar ao jeito de Jesus!
Santa
Páscoa, recheada de Amor e Alegria!
Hermínia
Nadais
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