quarta-feira, 21 de abril de 2021

SEMANA DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

 

Quando se faça em vocações, vem-nos logo à mente as Vocações Consagradas, as mais necessárias no nosso entender. Mas… pensando muito bem, cada pessoa tem a sua vocação específica, e na minha parca maneira de ver, a vocação matrimonial nunca foi tão necessária como hoje. Não para a formação de uma família qualquer, mas tendo em vista o ser cristão a sério que é do que o mundo mais precisa, o que só se consegue numa família vocacionada a ser família do jeito que Jesus nos ensinou.

Recordo os meus tempos de catequista, que pode ajudar muito na formação das crianças e jovens, mas os Pais são os primeiros e últimos catequistas, assim como os primeiros e últimos professores!

Antes de mais as crianças gostam muito de imitar o que os adultos fazem, e se os adultos não rezam, não leem as Escrituras, não participam nas Eucaristias, as crianças e jovens, só milagrosamente o irão conseguir. Claro que Deus sabe muito bem como pegar nas coisas, mas… o princípio do catolicismo está ali, na Igreja Doméstica.

O que o berço dá só a tumba o tira - dizia um ditado muito antigo, que aqui se integra muito bem.

O Casamento Católico é uma vocação muito importante, mas tem que ser muito bem trabalhada para poder produzir bons frutos.

Eu… até aos 22 anos nunca pensei em casar, até que encontrei um homem por quem me apaixonei verdadeiramente, e acabamos por casar. Foi muito difícil, contado daria alguns livros, mas nunca desisti e fiz tudo para encaminhar aas vidas para o Senhor, ele, os pais, e os nossos filhos.

Bem vistas as coisas, dá para pensar que só para ele  o trabalho correu bem, pois foi um bom cursilhista que aceitou a horrível doença e a morte como ninguém sem nunca lhe termos ouvido um queixume, pois tudo oferecia calmamente ao Senhor em desconto dos pecados.

Agora… os filhos e netos… afligem-me, pela forma como vivem, sendo parte integrante da Igreja, pois são todos batizados, mas afastados da igreja de pedra onde nos devemos juntar para rezar, aprender, compartilhar, nos alimentarmos do verdadeiro Pão que é o Corpo de Jesus Cristo.

Há uma imensa falta de amor! Tem que haver! Se não procuramos Deus que é o Amor Verdadeiro, pois é só Amor e por Amor nos enviou o Seu Filho que é só Amor também, ficamos apegados ao amor humano que, só por si, não nos pode levar a lado nenhum. Depois, é fracasso sobre fracasso.

Não vamos pensar que as pessoas que não frequentam as igrejas são más, não podemos pensar assim. Há pessoas maravilhosas que receberam o batismo, fizeram a primeira Comunhão e pouco mais e procedem de forma exemplar com toda a gente, e há pessoas a frequentar as igrejas que não fazem nada do que deviam, parece que não ouvem nem pensam no que ali se diz e faz.

Hoje não quero dizer mais nada, mas mostrar um pequeno texto que recebi de Evangelizo e me deixou a pensar:

“”Santa Teresa de Calcutá (1910-1997) fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade

Carta a um sacerdote, 17/02/1978, in «Vem, sê a minha luz»

«Eu sou o pão da vida»

Pediu para passar três meses a sós com Jesus [em retiro]; e parece-me bem. Mas se, durante esse período, a fome de Jesus no coração dos membros do seu povo for maior que a sua, não deve permanecer a sós com Jesus; deve permitir que Jesus o transforme em pão, para ser comido por aqueles que o procuram. Permita que as pessoas o devorem; proclame Jesus através da palavra e da presença. [...] Nem Deus podia dar maior prova de amor do que dar-Se como pão da vida – para ser partido, para ser comido, a fim de que possamos comê-lo e viver, de que possamos comê-lo e satisfazer a nossa fome de amor.

E contudo, Ele não está satisfeito, porque também Ele tem fome de amor. Por isso, tomou a vez do que tem fome, do que tem sede, do que está nu e do que não tem casa, e não deixa de clamar: «Tive fome, estive nu, não tinha onde morar: foi a Mim que o fizestes» (Mt 25, 40). O pão da vida e o faminto são um único amor: Jesus.””

Quando dizemos que Jesus tem fome de Amor, é porque as pessoas não O amam como Ele quer e merece ser amado. Ele deu a vida por cada um ou uma de nós… e nós que fazemos pelos irmãos e irmãs que vivem ao nosso lado, no nosso meio ambiente circundante?

Dar de comer a Jesus… é entregar-se aos irmãos que necessitam de apoio e fazer tudo o que pudermos por eles. É ser exemplo de vida, ou seja, viver do jeito de Jesus, para que as nossas atitudes de todos os dias chamem as pessoas para os locais onde costumamos ir, se as pouca pessoas que frequentam as igrejas o fizessem, as igrejas encher-se-iam em muito pouco tempo.

Fala-se muito em Missionários, mas onde eles são muito precisos é aqui, no sítio onde vivemos. Sejamos missionários como o Senhor quer!

Que o Senhor ajude as nossas famílias a encontrar o seu verdadeiro caminho!

Que sempre seja louvado!

Hermínia Nadais

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