segunda-feira, 24 de maio de 2021

A VIDA NÃO PODE SER UMA LUTA DE CLASSES

 

Não! A vida não pode ser uma luta entre pobres e ricos, uma luta de classes, mas uma união e ajuda entre classes, entre ricos e pobres, entre bons e maus, entre povos de crenças diferentes, de raças diferentes, de cores diferentes!

Se todos somos filhos do mesmo Pai que enviou Jesus ao Mundo como nosso Mestre, Professor, Acolhedor, Amigo, Salvador, Irmão, não podemos andar à luta uns com os outros, mas a amar-nos e ajudar-nos mutuamente!

A única luta que teremos de ter na vida é connosco mesmos, contra os nossos vícios, maus costumes, maus pensamentos, más ações!

Uma pessoa criada num lar onde nada falta e onde tudo sobra e até há desperdício, terá de ter uma ajuda muito grande para poder ter uma vida mais moderada e partilhar o que sobra com quem tem menos do que ela, não tenhamos dúvidas!

Mas… se uma pessoa com dificuldades económicas é colocada de um momento para o outro numa situação oposta, também necessita de muita ajuda, e pode, sem mais nem menos, criticar os que têm menos do que ela em vez de os ajudar. Isto é muito complicado!

A vida é uma caminhada em que a aprendizagem tem de se conseguir em todos os seus segundos, por isso não podemos olhar-nos como pobres ou ricos, mas como irmãos!

Como o mundo seria diferente se o pensamento geral das sociedades fosse este? Nem dá para entender!...

“”Santa Teresa de Calcutá (1910-1997) fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade

«Não há amor maior»

«Retirou-se pesaroso, porque era muito rico»

Não nos arrogamos o direito de julgar os ricos. O que desejamos não é uma luta de classes, mas um encontro entre as classes, um encontro no qual o rico salva o pobre e o pobre salva o rico.

A pobreza é a nossa maneira humilde de admitirmos e aceitarmos o estado de pecado, de impotência e de extremo vazio em que nos encontramos diante de Deus; é a maneira de reconhecermos o nosso estado de miséria, mas que se exprime como esperança nele, como espera para tudo recebermos dele, que é o nosso Pai. A nossa pobreza deve ser uma autêntica pobreza evangélica – amável, terna, feliz, vivida de coração aberto, sempre pronta a dar um sinal de amor. A pobreza é amor antes de ser renúncia. Para amar, é necessário dar. Para dar, é necessário estar liberto de todas as formas de egoísmo.””

Este texto diz-nos muito, até porque uma pessoa com muito dinheiro e haveres pode ser pobre evangelicamente, pode amar e ajudar do jeito de Jesus! O Beato Carlo Acutis tinha tudo o que queria, e a curta vida dele foi um encanto, uma maravilha de Deus!

Estar liberto de todas as formas de egoísmo… e quantas serão essas formas de egoísmo??? Cada pessoa é uma pessoa concreta, num tipo de vida concreto, com uma forma de viver concreta, que concretamente tem de olhar-se muito atentamente à luz das Palavras e atitudes de Jesus para conseguir descobrir minimamente o tipo de egoísmo que o aflige para poder, então, começar a lutar contra ele, a libertar-se dele, aos pouquinhos, com muito conhecimento de Jesus, ajuda de Deus e muita força do Seu Espírito Santo!

Amor! Deixar o egoísmo só se consegue com muito, muito Amor, daquele Amor que só em Jesus Cristo poderemos encontrar sem defeito algum.

O Tempo Pascal acabou, está na hora de colocarmos intensamente na vida tudo quanto nos ensinou!

Que o Senhor nos ajude!

Hermínia Nadais

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