quarta-feira, 26 de maio de 2021

DAR A VIDA POR TODA A GENTE!

 

Isso é tudo quanto Jesus nos vai pedindo a cada segundo! Mas para chegarmos a compreender o Seu pedido, muita água tem de correr debaixo das pontes.

Digo isto porque ainda há pouco não percebia o que isto me queria dizer, e agora vou aprendendo aos poucos e fazendo da vida cada vez mais uma dádiva permanente.

Depois de começarmos a perceber que o que fazemos na vida tudo é igual, mas o coração comanda o nosso querer e a oração seja por quem for, surge, quase sem pensar, pois se o nosso pensamento está bem ligado ao Senhor é n’Ele que pensamos mesmo, é a Ele que rezamos, é a ele que oferecemos tudo quanto fazemos pensando no bem de toda a humanidade!

A vida é uma aprendizagem constante… é um mudar constante de atitudes quando percebemos que não são tão boas como nos pareciam.

Não tenhamos a pretensão de grandezas, mas de pequenez, de simplicidade, de sermos como somos, apenas com a vontade de sermos discípulos coerentes com a vida que Jesus quer que tenhamos, uma vida fraterna, irmanada com toda a gente.

“”Santo Afonso-Maria de Ligório (1696-1787) bispo, doutor da Igreja

Obras, t. 14

«Dar a vida pela redenção de todos»

Um Deus que serve, que varre a casa, que realiza trabalhos penosos – qualquer destes pensamentos deveria bastar para nos encher de amor! Quando o Salvador começou a pregar o seu evangelho, tornou-Se «o escravo de todos», Ele que afirmou de Si mesmo que «não veio para ser servido, mas para servir»; foi como se tivesse dito que queria ser escravo de todos os homens. E, no final da sua vida, conforme dizia São Bernardo, «não contente com o facto de ter tomado a condição de servo para Se colocar ao serviço dos homens, quis ainda tomar a aparência de servo indigno, para ser maltratado e suportar o castigo que devia cair sobre nós, em consequência dos nossos pecados».

Eis que o Senhor, escravo obediente, Se submeteu à injusta sentença de Pilatos e Se entregou aos seus algozes. [...] Tanto nos amou Deus que, por amor de nós, quis obedecer como escravo e morrer de morte dolorosa e infame, o suplício da cruz (cf Fil 2,8).

Ora, em tudo isso Ele obedecia, não como Deus, mas como homem, como escravo, cuja condição assumira. Tal santo entregou-se como escravo para resgatar um pobre e atraiu a admiração do mundo devido a esse ato heroico de caridade. Mas que caridade é essa, comparada com a do Redentor, que, sendo Deus e querendo resgatar-nos da escravidão do diabo e da morte, que nos era devida, Se tornou Ele mesmo escravo e Se deixou pregar na cruz? «Para que o escravo se torne senhor», dizia Santo Agostinho, «Deus quis fazer-Se escravo».””

Deus quis fazer-se escravo… e nós… queremos fazer-nos o quê?

Jesus quis fazer-se escravo, mas nós, seguindo a Sua Santíssima vontade, não poderemos ser mais livres, interiormente livres, abertos à vida e aos irmãos, pois essa abertura e liberdade é a que, de todo, nos interessa.

 Depois, conscientes de que o maior é o que serve… sirvamos a toda a gente, façamos tudo quanto pudermos para que toda a gente se possa sentir realizada e feliz, no Amor de Deus e dos Irmãos!

Que o Espírito Santo nos fortaleça e encha com os Seus Dons maravilhosos!

Hermínia Nadais

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