O sabor… vem do que nos alimenta; consolação, vem do que nos sabe bem, seja no que for.
Sinceramente,
este Tempo Pascal tem trazido tantas meditações maravilhosas que não resisto a
partilhar. A maior parte delas fala do Pão Maravilhoso descido do Céu que o Pai
nos ofertou e que é Jesus, o Jesus Eucaristia, que transubstanciou em Si mesmo o
Pão e Vinho que nos sacia o corpo, para o transformar no Seu próprio Corpo e Sangue
para nos saciar a alma e o coração da vida. E deixou aos Apóstolos e seus
sucessores o poder de fazerem o mesmo, para que nunca nos falte o mais saboroso
de todos os alimentos existentes sobre a terra.
Quem
tiver saboreado a sério Esse alimento, a Sagrada Eucaristia, nunca mais deixará de A
desejar e de tudo fazer para A procurar receber, pois é tocado até ao mais
profundo das entranhas, numa consolação sem par!
O Pão Eucarístico não nos deixa morrer, ou seja, não nos deixa errar ou pecar como se costuma dizer, porque o pecado para o homem ou mulher é a verdadeira morte. Criados para o Céu, o Amor Verdadeiro e Total, o pecado ou desobediência a Deus e desamor a Deus e aos irmãos é a nossa verdadeira morte, porque a morte verdadeira, aquela que nos desvia do corpo e leva o corpo ao crematório e ao cemitério, não é morte, é a passagem à verdadeira vida, a vida eterna. Façamos tudo por nós e por toda a gente, para que aí se encontrem com Deus que é a Verdadeira Felicidade.
“”Santa
Teresa de Ávila (1515-1582)
carmelita
descalça, doutora da Igreja
Caminho
de Perfeição, cap. 33-34 (Obras completas, Edições Carmelo, 2000), rev.
«Este
pão é o que desce do Céu, para que não morra quem dele comer»
Vendo
o bom Jesus a nossa necessidade, procurou um meio admirável de nos mostrar o
extremo amor que nos tem e, em seu nome e no de seus irmãos, fez esta petição:
«O pão nosso de cada dia nos dai hoje» (Mt 6,11). [...] Era mister vermos o seu
[amor] para despertarmos, não uma vez, mas todos os dias; por isso Se deve ter
determinado a ficar connosco. [...]
Tenho
reparado que só nesta petição duplica as palavras, porque diz primeiro e pede
que Lhe deis este pão de cada dia, e torna a dizer: «nos dai hoje, Senhor».
Põe-Se diante de seu Pai, como a dizer-Lhe: já que uma vez no-lo deu para que
morresse por nós, já que é «nosso», não no-lo torne a tirar, mas O deixe servir
cada dia, até se acabar o mundo. [...] O Ele ser nosso cada dia é porque O
possuímos aqui na Terra e O possuiremos também no Céu, se aproveitarmos bem a
sua companhia. [...]
O
dizer «hoje» me parece que é para um dia, isto é, enquanto durar o mundo, e não
mais. E é bem verdade que é um só dia! [...] E assim Lhe diz seu Filho que,
pois não é mais que um dia, Lho deixe passar em servidão; e que Sua Majestade
já no-lo deu e enviou ao mundo só por sua vontade, que Ele quer agora por sua
própria vontade não nos desamparar, mas ficar-Se aqui connosco para maior
glória de seus amigos e pena de seus inimigos. Que agora novamente não pede
mais que «hoje» ao dar-nos este Pão sacratíssimo; Sua Majestade no-lo deu para
sempre, como já disse, este mantimento e maná da humanidade, que O achamos como
queremos; e, a não ser por nossa culpa, não morreremos de fome, pois de todos
os modos e maneiras que a alma quiser comer, achará no Santíssimo Sacramento
sabor e consolação.””
Quando
se fala no hoje, estamos a referir-nos ao momento presente, ao dia que passa,
pois é o único que nos pertence, uma vez que o dia e a hora da nossa partida
para a eternidade só o Pai o sabe e mais ninguém.
Nunca
saberemos o comprimento da nossa caminhada neste mundo, pelo que devemos
aproveitar dela todos os segundos no Amor e Alegria de Viver.
Deus
quer-nos alegres e felizes. Quem vive com o Senhor, ainda que os olhos chorem e
o coração esteja apertadinho de dor, tem que estar alegre porque o Senhor é
sempre a nossa alegria!
O
tempo Pascal está por dias. Aproveitemo-lo bem, pois dá-nos imensas
aprendizagens e vivências.
Que
Deus seja Louvado!
Hermínia
Nadais
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