sábado, 28 de agosto de 2021

DEUS… NÃO DE MORTOS MAS DE VIVOS!

 

Quanto mais me esforço por compreender, parece que menos entendo desta situação de mortos e de vivos!

Claro que humanamente falando os mortos foram sepultados ou de outra qualquer forma deixaram de estar connosco!

É certo que há corpos de mortos que se mantém intactos como quando morreram, mas muito poucos mesmo, e são casos muito especiais de conservação artificial ou então um grande Dom de Deus pelas vidas que levaram neste mundo! Assim como o Carlo Acúttis que morreu jovem e está tal qual como quando morreu!

Agora… Deus Pai é Deus de toda a gente, indefinidamente, sejam as pessoas como forem. Temos que lembrar o que fez com o Filho Pródigo quando voltou para casa depois de esbanjar tudo quanto tinha recebido do Pai.

Visto desta maneira, todos nós recebemos imensas graças de Deus, que devemos cuidar, ou seja, desenvolver, tornar mais fortes, sermos mais coerentes com o bem e descontentes com o mal que temos de evitar praticar!

Como em qualquer ser estritamente humano, a perfeição não existe!

A nossa verdadeira riqueza não está no dinheiro ou haveres que usamos neste mundo, mas na Palavra de Deus e atitudes de Jesus, Maria e José, e outros Santos que nos vão servindo de exemplo! Essa, é a nossa verdadeira riqueza de vida que nos vai preparando para, ao terminar o tempo de estar neste mundo, podermos ir com Jesus partilhar da Eternidade Feliz criada por Deus para os homens… vivos… ou seja… que consigam viver segundo os caminhos por Ele traçados, que consigam viver no desprendimento dos bens terrenos e no verdadeiro amor a Deus e por Deus aos irmãos, até porque, se não conseguirmos amar os irmãos que vemos, como poderemos amar a Deus que não conseguimos ver?

Só há, cá para mim, uma forma de ver Deus, é senti-Lo presente bem no fundo do coração! Coração vivo, cheio de Amor!

“”Santo Anastácio de Antioquia (?-599) monge, depois patriarca de Antioquia

Homilia 5, sobre a Ressurreição; PG 89, 1358

«Ele não é Deus de mortos, mas de vivos»

«Foi para isto que Cristo morreu e voltou à vida: para ser Senhor tanto dos mortos como dos vivos» (Rom 14,9); «Ele não é Deus de mortos, mas de vivos». Dado que o Senhor dos mortos está vivo, os mortos já não estão mortos, mas vivos: a vida reina neles, para que vivam e deixem de temer a morte, do mesmo modo que «Cristo ressuscitado dos mortos já não morre» (Rom 6,9). Ressuscitados e libertados da corrupção, já não verão a morte; participarão da ressurreição de Cristo, tal como Ele teve parte na sua morte. Com efeito, se Ele veio à Terra, que até então era uma prisão eterna, foi para «quebrar as portas de bronze e despedaçar os ferrolhos de ferro» (Is 45,2), para retirar a nossa vida da corrupção atraindo-a a Si, e nos dar a liberdade em substituição da escravidão.

O facto de este plano de salvação ainda não estar realizado -- porque os homens continuam a morrer e os seus corpos são desagregados pela morte -- não deve ser motivo de incredulidade. Já recebemos as primícias daquilo que nos foi prometido, na pessoa daquele que é o nosso Primogénito [...]: «Com Ele nos ressuscitou e nos sentou no alto do Céu, em Cristo» (Ef 2,6). Esperamos a plena realização desta promessa, quando chegar o tempo fixado pelo Pai, quando sairmos da infância e tivermos alcançado o «estado de homem perfeito» (Ef 4,13). [...] Como declarou o apóstolo Paulo, que bem o sabia, isso acontecerá a todo o género humano, por Cristo, que «transfigurará os nossos pobres corpos à imagem do seu corpo glorioso»(Fil 3,21). [...] O corpo glorioso de Cristo não é diferente do corpo «semeado na fraqueza, desprezível» ( 1Cor 15,43); é o mesmo corpo, transformado em glória. E o que Cristo realizou conduzindo ao Pai a sua própria humanidade, primeiro exemplar da nossa natureza, fá-lo-á para toda a humanidade segundo a sua promessa: «Quando Eu for elevado da Terra, atrairei todos a Mim» (Jo 12,32).””

Jesus já foi elevado da Terra, embora continue na Terra, presente na Palavra e na Eucaristia para nosso alimento, para alimentar a vida de Deus em nós!

Abramos-Lhe todo o coração!

Que o Seu Espírito Santo nos proteja sempre, amém!

Hermínia Nadais

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