HOJE deu-me para olhar mais atentamente para este texto guardado faz tempo!
Tantas
coisas lindas e preciosas que interiorizei, colhidas no procedimento desta
pobre viúva e do que Deus fez com ela, paupérrima de bens naturais mas protetora
do Profeta Elias!
Vejamos:
“”Santo Agostinho (354-430) bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão
11, 2-3 A viúva de Sarepta
Esta
viúva sem recursos saíra de casa para apanhar dois troncos de lenha para cozer
pão, quando se cruzou com Elias. Esta mulher era símbolo da Igreja; a cruz é
formada por dois pedaços de lenha e aquela que ia morrer procurava com que
viver eternamente. Há aqui um mistério escondido. [...] Elias disse-lhe: «Vai,
dá-me de comer com a tua pobreza, e a tua riqueza não se esgotará». Que pobreza
bem-aventurada! Se a viúva recebeu tamanho salário já neste mundo, a que
recompensa não terá direito na outra vida!
Insisto
neste pensamento: não esperemos recolher o fruto da sementeira no mesmo tempo
em que semeamos. Neste mundo, semeamos na dor o que será uma colheita de boas
obras; no outro, colheremos o fruto na alegria, conforme que está escrito: «À
ida, vão a chorar, lançando a semente. À volta, regressam a cantar, trazendo os
molhos de espigas» (Sl 125, 6). O gesto de Elias para com esta mulher não foi a
sua recompensa, mas apenas um símbolo. Porque, se esta viúva fosse recompensada
neste mundo por ter alimentado o homem de Deus, seria uma sementeira muito
pobre e uma colheita muito magra! Ela apenas recebeu um bem temporal: a farinha
que não se esgotou, o azeite que não diminuiu até ao dia em que o Senhor regou
a terra com a sua chuva. Este sinal, que lhe foi concedido por Deus durante
alguns dias, era símbolo da sua vida futura, onde a nossa recompensa nunca
diminuirá. A nossa farinha será Deus! Assim como a farinha desta mulher não se
esgotou durante aqueles dias, Deus não nos faltará durante toda a eternidade. [...]
Semeia com confiança e a tua colheita chegará seguramente: chegará no outro
mundo, e então colherás sem fim.””
Sinceramente,
depois destas maravilhosas palavras de Santo Agostinho, dizer mais, o quê?
Antes
de dizer… será bem melhor fazer, ou seja, deixarmo-nos conduzir por Deus que
sempre nos mostra a Sua vontade, tal como fez esta viúva de Sarepta. Mulher sem
nome, porque esse nome pode ser substituído por qualquer um dos nossos nomes,
se conseguirmos imitar o que ela fez.
A
Igreja é pobre de meios humanos, sempre com poucos Padres, poucos Missionários,
tantas vezes com igrejas vazias, mas rica de Amor porque Deus é Amor, e com Ele
seremos ricos também. Que sempre nos proteja e guie nos passos da vida!
Hermínia
Nadais
Sem comentários:
Enviar um comentário