Há tormentos… e tormentos! Mas, de uma ou outra forma, tormentos, chatices, passagens incompreensíveis que surgem muitas vezes, todos temos, todas temos!
Esta
explicação que se segue referente a uma cura que uma mulher cananeia pediu a
Jesus é muito atual para qualquer de nós!
Como
Cristãos Batizados pertencemos à Igreja de Jesus Cristo, Igreja Cristã, e todos
nós precisamos de cura para as nossas debilidades morais e espirituais que são
mais que muitas. Jesus deixou-nos os Apóstolos, representados pelo Papa,
Arcebispos, Bispos, Sacerdotes, onde podemos procurar os Sacramentos que nos
curam, pois precisamos muito de ser curados todos os dias. Por muito cuidado
que tenhamos caímos sempre em coisas que não queremos e nos deixam atormentados…
ou atormentadas… por não gostamos de magoar Jesus e a nós também, pois quem
magoa Jesus com o pecado fica magoado e mais ou menos separado de Jesus porque
pecou!
Jesus
é, todo Ele, imagem do Pai, misericórdia e perdão! Perdão e misericórdia para
os cristãos e não cristãos, pois todos, todos, somos filhos de Deus e irmãos de
Jesus. Ou ovelhas perdidas da Casa de Israel, a Igreja, ou pagãos pessoas que
ainda não conhecem Jesus para puderem viver segundo o Seu jeito e Palavra.
“”Santo Hilário (c. 315-367) bispo de Poitiers,
doutor da Igreja Comentário ao Evangelho de São Mateus, 15; SC 258
«Minha
filha está cruelmente atormentada por um demónio»
Pessoalmente,
esta cananeia pagã não tinha necessidade de ser curada, uma vez que reconheceu
Cristo como Senhor e Filho de David; mas pede auxílio para a sua filha, isto é,
para a multidão pagã prisioneira de espíritos impuros. O Senhor cala-Se,
reservando com o seu silêncio o privilégio de salvar Israel. [...] Trazendo em
Si o mistério da vontade do Pai, responde que não foi enviado senão às ovelhas
perdidas de Israel, para que ficasse claro que a filha da cananeia é um símbolo
da Igreja. [...] Não é que a salvação não pudesse ser dada também aos pagãos,
mas o Senhor tinha vindo para os seus e ao mundo que era seu (cf Jo 1,11), e
esperava os primeiros indícios da fé deste povo de onde Ele próprio era
originário; os outros seriam salvos depois, pela pregação dos apóstolos. [...]
E,
para que compreendêssemos que o silêncio do Senhor provém da consideração do
tempo e não de qualquer obstáculo colocado pela sua vontade, acrescenta:
«Mulher, é grande a tua fé». Queria dizer que esta mulher, já certa da sua
salvação, tinha fé na congregação dos pagãos, que ocorreria quando, pela sua
fé, eles fossem libertados de todo o tipo de espíritos impuros como a jovem o
foi. E assim aconteceu: prefigurado o povo dos pagãos na filha da cananeia,
homens prisioneiros de diversos tipos de doenças são apresentados ao Senhor
pelas multidões (cf Mt 15,30). São homens incréus, isto é, doentes, que são
levados pelos crentes a adorar e a prostrar-se, e a quem é dada a salvação.””
«Mulher,
é grande a tua fé». Será que Jesus poderá dizer o mesmo de cada um ou uma de
nós?
Esperamos
que possa, pois é a maior felicidade que poderemos ter, uma vez que, sem fé
forte e coesa, nunca poderemos esperar e amar a Deus e ao próximo por Deus como
a todos convém!
Boa
semana, com Deus, aguentando, com Ele e por Ele, todos os nossos tormentos!
Hermínia
Nadais
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