No
mundo, os primeiros são os que têm muito dinheiro, muita riqueza, muito saber,
muitos cursos, muitas fábricas, muitas habilidades para se mostrar a quem quer
que seja da forma mais bela e eloquente.
As
riquezas mundanas são mais ou menos assim!
Mas,
claro que não são estas as verdadeiras riquezas!
Uma
família, ou pessoa, pode ter muitas coisas e ser egoísta, egocentrista, e não
olhar para ninguém… a não ser que esse alguém a ajude a conquistar mais riqueza
seja de que forma for!
Mas,
pode ser uma pessoa que possua dinheiro e riquezas materiais mas saiba pô-las
ao serviço dos outros, de quem necessita, pagando bem aos trabalhadores,
cuidando dos necessitados, doentes, velhinhos!…
Essas
pessoas conseguem juntar a riqueza material com aquela riqueza que Deus quer
que todos tenhamos, a riqueza de nos amarmos e ajudarmos mutuamente vivendo com
tal fraternidade que nem uns tenham demais nem os outros de menos, assim como acontecia
com os primeiros cristãos!
Graças
a Deus que ainda há muita gente assim, mas
terá de haver muito mais para não haver tanta gente a morrer de fome
enquanto meia dúzia esbanjam dinheiro e haveres sem conta.
E
nunca é tarde para mudar de atitude na vida. E Deus espera avidamente, que
mudemos para uma vida digna e dignificante até ao nosso último suspiro! Que Grande
Pai Deus é!...
“”São
João Crisóstomo (c. 345-407)
presbítero
de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia
para Sexta-feira Santa «A cruz e o ladrão»
O
homem da décima primeira hora: «Os últimos serão os primeiros»
Que
fez o ladrão para receber em herança o paraíso, logo a seguir à cruz? [...]
Enquanto Pedro negou a Cristo, o ladrão, do alto da cruz, deu testemunho dele.
Não digo isto para denegrir Pedro, mas para pôr em evidência a grandeza de alma
do ladrão. [...] Aquele ladrão não deu a menor importância às gentes que, à sua
volta, acusavam e vociferavam, cobrindo-os de blasfémias e de sarcasmos; nem
sequer teve em conta o estado miserável do Crucificado que tinha diante de si,
mas lançou sobre tudo isso um olhar cheio de fé. [...] Virou-se para o Senhor
dos Céus e, entregando-se a Ele, pediu-Lhe: «Lembra-Te de mim quando chegar o
teu Reino» (Lc 23,42). Não menosprezemos o exemplo do ladrão nem tenhamos
vergonha de o tomar como mestre, pois Nosso Senhor não desdenhou fazer dele o
primeiro a entrar. [...]
Jesus
não lhe disse, como dissera a Pedro: «Segue-Me e farei de ti pescador de
homens» (Mt 4,19). Também não lhe disse, como aos Doze: «Sentar-vos-eis em doze
tronos para julgar as doze tribos de Israel» (Mt 19,28). Não o agraciou com
nenhum título; não lhe mostrou qualquer milagre. O ladrão não O viu ressuscitar
mortos nem expulsar demónios, não viu o mar obedecer-Lhe. Cristo não lhe disse
nada acerca do Reino, nem da geena. E, contudo, este homem deu testemunho dele
diante de todos e recebeu o Reino em herança.””
Este
texto é maravilhoso! Nunca critiquemos ninguém, porque o coração e o interior
da pessoa só Deus mesmos conhece. Por isso, só Ele poderá dar a tão desejada salvação!
Aprendamos
a estar atentos a toda a gente que nos rodeia e a Amar como Deus quer e a todos
convém. Uma pessoa pode ter tido uma vida desenfreada e terrível, mas se
conseguir um encontro profundo com Deus tudo ficará mudado… e será assim que os
últimos serão os primeiros, pois a presença do Senhor na eternidade é para
todos!
Que
sempre seja louvado!
Hermínia
Nadais
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