sábado, 7 de fevereiro de 2015

PARTILHAS!



Encontro ou reencontro! Talvez as duas coisas!
Encontro e reencontro foi o que procurei durante um sem número de dias! Encontro ou reencontro, mas com nada nem ninguém, apenas comigo mesma!
Nunca imaginei que voltasse a acontecer, mas aconteceu! E senti-me tal como há 15 anos atrás. E no meio de uma insatisfação desmedida falei desse meu sentimento de retrocesso ao meu marido e filha.
Ele achou que eu não devia valorizar tanto as coisas e ficou-se por aí, entre o perplexo e o preocupado... mas ela... a minha filha, olhou para mim e respondeu com os olhos nos meus olhos: O quê, mãe, 15 anos para trás... anda é 15 anos para a frente!... Olha-me isto?... Tu sabes muito bem que há muito passado que não interessa mesmo a nada nem a ninguém. Faz como te disse o médico, mete tudo num bonito embrulhinho e mete no sótão! Lá é que essas coisas ficam bem!
Claro que uma resposta destas acabou de me abrir os olhos e me deixar a pensar em resolver o meu problema a todo o custo. Foi o clic que eu precisava para começar a olhar mais a sério para mim a fim de me reencontrar...
De me reencontrar... foi isso mesmo!...
O descabido no meio de tudo isto é que, quando nos desencontramos de nós mesmos, acabamos por deitar nos outros a culpa de tudo quanto nos acontece e nos faz imensamente infelizes e desmotivados seja para o que for.
E este nosso comportamento acaba, sem o querermos ou pensarmos, por implicar nos nossos problemas toda a gente que nos rodeia, pois começamos a ver tudo mal à nossa volta o que provoca um enorme mal-estar. Depois... vem a aflição de não conseguirmos mudar os outros e de termos que continuar a viver com o que tanto nos aflige e faz sofrer. Foi assim que me senti, muitos dias, o que já me estava a ficar insuportável.
No meu reencontro comigo esteve a conversa com a minha filha, minha filha, mas de há muito também confidente e amiga de todas as horas e de todas as aflições! E que amiga!... E que amigos são os meus filhos!...
Depois da conversa com ela passei a noite a dar voltas à cabeça, pois tinha de me libertar do que de momento me incomodava! Finalmente, abriu-se-me o discernimento, mas faltavam-me forças para voltar a ser eu mesma independentemente do que pudesse acontecer à minha volta.
Faltava-me força para aceitar-me... compreender-me... recuperar a alegria e boa disposição outrora sentida em todas as ocasiões!
Na Eucaristia matinal reforcei as minhas decisões de voltar a ser o que já fui!
Hoje, o dia foi de recuperação e encanto! E consegui contar o sucedido ao meu filho que mora longe e tal como os que me rodeavam não se tinha apercebido de nada, e acabou por ficar contente pelo que ouviu e por tudo estar bem!
Podem achar estúpida esta minha descrição, mas o que aconteceu comigo de certeza que acontece também com outras pessoas, e se eu, de algum modo, puder ajudar, ficarei muito contente, pois vivi dias de infernoque não quero que ninguém viva!
Obrigada, Senhor Jesus, porque nunca me desamparaste! Obrigada pelo marido e pelos maravilhosos filhos e netos que me destes, e por todos os restantes familiares que são tão próximos e amigos!
Pensar em toda a minha família deixa-me muito feliz!
E pensar nos meus amigos também!
Todos, cada qual do seu modo e condição, são calores que me vão aquecendo a vida e dando alento ao coração!
Que o Senhor vos acalente a todos também e que Deus seja louvado!

Sem comentários: