domingo, 15 de fevereiro de 2015
SE QUISERES... TU PODES...
Aqui vai mais uma das
minhas partilhas!
Quando era pequena e
pré-adolescente... ensinaram-me uma enorme série de orações... muito bonitas...
que eu decorava e rezava a um Deus ou Jesus ou Nossa Senhora, tudo do céu!
Claro que eu aceitava
tudo com a maior naturalidade, até porque meus pais e avós e restantes familiares
me iam exemplificando o que eu deveria fazer.
Marota... não faças isso
que Jesus não gosta! Olha que Deus castiga-te por todas essas asneiras! Que
medo eu tinha dos castigos de Deus!...
Apresentavam-me, assim,
seres esquisitos, cheios de si, ausentes lá nos seus pedestais, prontos a
ralhar e castigar, onde as orações chegavam não se sabia muito bem como. Eu
rezava! E fazia todo o possível por andar direitinha!
Fui crescendo, convidaram-me
para a Acção Católica, fiz catequese... li um montão de livros incluindo muitos
livros de santos... mas foi muito, muito mais tarde que vim a descobrir o que
penso ser o verdadeiro rosto de Deus – presença permanente e indiscutível, perdão,
misericórdia, ternura e amor!
E então, aos poucos, fui
enraizando a fé e trocando as orações muito bonitas pelas palavras ou
pensamentos simples que me iam perfazendo os minutos e segundos de todos os
dias! O crescimento da confiança foi dissipando o medo e fazendo crescer o amor,
tornando-me a vida muito mais bela e atraente!
Claro que nada aconteceu
por acaso. O Deus Amor sempre esteve comigo a amparar-me e conduzir-me aonde
muito bem entendeu, pois quando acabava por me desviar do verdadeiro caminho, poderei
dizer que, como um bom GPS que quando o condutor se desencaminha logo lhe
apresenta uma outra via como solução, Ele me ia apresentando novos caminhos
para que não desanimasse na caminhada.
E foi assim, pelas mãos
amorosas de Deus, que com avanços e recuos, cheguei à certeza de poder dizer como
o leproso do Evangelho de hoje: “Se
quiseres, podes curar-me,” e perceber e sentir o
valor da cura misericordiosa de Deus compassivo e bom!
Mas para chegar até
aqui, foram precisos muitos anos... muitos anos de busca, de estudo, de
reflexão, de aprendizagem, de vivências, de partilhas... de tudo quanto me
poderia abrir “todos os olhos”para poder seguir em frente na busca da
felicidade, minha, dos meus familiares e amigos, e de todas as pessoas, indefinidamente.
E consciente das minhas inúmeras enfermidades, diante do Senhor, vou continuar
a dizer muitas vezes, de joelhos ou de pé, mas com toda a fé e confiança: “Se quiseres, podes curar-me!”
E a verdade é que, frente
a todas as contrariedades e perturbações, sempre me vou sentindo curada!
Que Deus seja louvado!
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