quinta-feira, 9 de abril de 2015

LOUCURAS... OU TALVEZ NÃO!



Quando me detenho um pouco mais nas notícias que a pequena TV me mete em casa todos os dias, penso para comigo: Será que está tudo tão mal assim... tão ruim?...
Talvez as pessoas não consigam ir à verdadeira raiz dos nefastos acontecimentos que nos vão surgindo para começar a cortar os males pela raiz que lhes dá origem!...
A vida tem-me ensinado que neste mundo tudo é bom para nos ajudar a crescer como pessoas humanas que somos, e, consequentemente, como cristãos!
Eu não quero pensar nos maus momentos da minha vida, mas foi com Deus, com as pessoas que comigo conviveram e com eles que aqui cheguei e sou o que hoje sou, disso não tenho dúvidas!
Sabemos de sobra que Deus não quer o mal de forma alguma, mas o mal leva-nos a pensar mais seriamente nas raízes das más situações para nos livrarmos delas, e quer queiramos acreditar ou não, custa muito suportar, mas até o mal acaba por, de certa forma, se tornar bom para aprendermos a ser melhores.
Que desatino este, pensarão ao ler estas paupérrimas linhas! Mas se as interiorizarmos bem, veremos que não são tão descabidas!
Hoje... nesta manhã... o presente da TV foi anunciar que um pai esfaqueou um bebé de três meses, telefonou à mãe do bebé a dizer o que tinha feito e se entregou!
No meio de tantas coisas ruins, esta é mesmo de loucos!
Tantas coisas ruins! E o que estará na raiz destas asneiras todas que se nos metem a cada dia pela casa dentro?
Pelas prementes dificuldades da vida no conseguir o necessário para viver sem vergonhas do mundo como diziam os nossos pais e avós, o trabalho, que deveria ser uma das tarefas das pessoas, tornou-se o mais importante na vida. Trabalho... muito trabalho para ficar ricoou muito simplesmente conseguir dinheiro para o que é estritamente necessário.
A mulher, que ainda há poucas décadas se dedicava às lides caseiras e educação dos filhos, tem de acumular tudo isso com o trabalho para ajudar nas despesas da família, que cada vez são mais, é um facto!
Depois... com os maridos ou companheiros, em vez de os esperarem carinhosa e afectuosamente como antes se fazia, apresentam-se atarefadas por demais e a pedir ajuda para os trabalhos diários imprescindíveis que não conseguem levar a cabo sozinhas com o pouco tempo disponível para o efeito; não há tempo para estarem juntos, a sós, como necessitam; não há tempo para o diálogo nem correcção fraterna; não há tempo para o estudo adequado que leve ao encontro consigo mesmos na descoberta dos verdadeiros valores da vida e do que realmente são e como são; o diálogo e convívio familiar sofre, falta; também escasseia o tempo para estar com colegas de trabalho e vizinhos; não há tempo para nada!
E ainda, todos os apertos vindos das não actualizações de salários, dos desempregos, dos empregos precários, das inúmeras propagandas de produtos a usar e de espaços de lazer que nos entram pela casa dentro do que a enorme maioria das pessoas não pode desfrutar, provocam um mal-estar grande, desmedido!
Sem se darem conta, as pessoas entram num stress louco... e depois... as asneiras acontecem quase que sem as pessoas darem por isso!
Não sei... se já teremos pensado nisto alguma vez!...
Mas... se o não pensamos ainda, aproveitemos para pensar agora! E em vez de criticarmos, dediquemo-nos a fazer alguma coisa mais pelas vivências do verdadeiro amor entre os que nos estão próximos, pois é natural que nem todos tenham encontrado ainda uma forma de viver no amor, preocupando-se com o outro, com o bem-estar do outro, pois quem se preocupa com o bem-estar dos outros não os molesta de forma alguma!
E não esperemos que os governos façam o que nós devemos fazer!
Acabemos com o querer mais do que o que devemos, com o desejo de grandes lucros e riquezas que acabam por não ser felicidade para ninguém, com os empregos duplos, e aprendamos a repartir o que temos com quem precisa, de palavras ou gestos de ternura mas também de agasalho, medicamentos e pão!
Se tivermos em conta estes comportamentos, os nossos governos, que saem sempre do meio das populações, que sempre serão uns dos nossos, começarão a ver melhor as necessidades dessas mesmas populações e interessar-se-ão  bem mais pelos mais necessitados o que, como consequência, levará ao combate à enorme corrupção que tem existido e os meios de sobrevivência chegarão onde devem com mais benevolência, rapidez e eficiência!
Tudo o que fazemos é gerado no nosso interior que é o mais importante de nós mesmos!
Neste Tempo Pascal ou de mudança interior, de que estaremos à espera?
Se queremos o mundo melhor, sejamos melhores, pois uma pessoa que se melhora a si mesma, mesmo sem dar por isso, estará a melhorar o mundo.
Todas estas ideias nos poderão parecer loucuras... mas se as colocarmos em prática veremos que deixarão de o ser!

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