domingo, 8 de novembro de 2015
DÁ TUDO O QUE TENS!...
Difícil dar tudo o que
se tem… materialmente falando! Mas o ‘dá tudo o que tens’ que o Senhor Jesus
nos pede, muito embora também tenha algo a ver com bens materiais quando estritamente
necessários a alguém ocasionalmente carecido, tem a ver com dons naturais que a
pessoa tem, carinho, atenção, ternura, aconchego, escuta, silêncio… tantas coisas
que podemos dar através das nossas atitudes cheias de experiência de vida e
imbuídas da maior caridade e amor! Antes e acima de tudo, é o que Jesus nos
pede!
Não na arrogância de se
julgar detentor da razão, verdade ou saber, mas numa total abertura à partilha
de saberes e experiências na maior simplicidade que é, de facto, a maior escola
de valores e a maior beleza de qualquer vida!
Desde muito pequena
ouvia dizer que no meio de um monte de lixo se pode esconder uma jóia valiosa,
e cada vez estou mais certa desta enormíssima verdade… que quando levada bem a
sério nos leva a uma maior abertura a toda a possível novidade sem nunca julgar
ninguém!
Tanta beleza de vida e
tanto saber e experiência camuflados em ambientes que nos poderiam, à partida, parecer
despropositados a um bom crescimento humano e cristão.
Por muito que me custe,
terei de interiorizar que, muito embora tenha todo o respeito e consideração
pelas pessoas que frequentam as igrejas, como eu, tenho sido agraciada por
muitas surpresas boas, muito boas mesmo, provindas de pessoas que permanecem faz
muito tempo afastadas delas!
Cada vez tenho mais
apreço pelas palavras do Papa Francisco quando nos manda ir às ‘periferias’. Essas,
de certeza, são as periferias de que nos fala! Pessoas cristãs, apenas de
Baptismo, mas tão honestas e abertas à novidade e partilha e tão cheias de amor
e interesse pelo bem comum!
Áh! Senhor Jesus! Se estas
pessoas afastadas das igrejas tivessem a graça de tantas graças que nas igrejas
nos vais dando todos os dias… seriam tão melhores do que nós!... Disso… não
tenho dúvidas!
A hora é de mudança! Então,
tentemos olhar o mundo com os olhos misericordiosos, compreensivos e
acolhedores de Jesus, e para nós, aos pouquinhos, com avanços e recuos, os
homens e mulheres, todos em geral, e cada um em particular, deixarão de nos
parecer os ‘monstros’ que vemos hoje. Não tenhamos ilusões! Quando apelidamos
os outros de ‘monstros’… estamos, isso sim… a dizer muito categoricamente a monstruosidade
que ainda albergamos dentro de nós e urge retirar de nós a toda a pressa porque
‘amanhã poderá ser tarde’!
Jesus manda-nos dar tudo
o que temos… mas… sejamos muito prudentes! Dar monstruosidade… não!
De todo… não!
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