Tantas coisas podem
ser chamadas de banquete nupcial!...
Mas… na realidade, Jesus,
ao contar a parábola em causa queria referir-se ao que Deus Pai foi preparando
para Ele próprio e para a Sua Igreja de que todos os batizados fazem parte!
Estou a tentar
organizar-me, e não estou a conseguir. São tantas coisas, e tão maravilhosas que
nem sei como as partilhar!
Vou colocar aqui o texto
que acompanhava as leituras, pois ajuda alguma coisa:
«»
Santo
António de Lisboa (c. 1195-1231)
franciscano,
doutor da Igreja
Sermão do
20.º Domingo depois do Pentecostes
«O Reino dos Céus pode
comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho»
Há três tipos de
núpcias: de união, de justificação e de glorificação. As primeiras foram
celebradas no templo da Virgem Maria; as segundas são celebradas diariamente no
templo da alma fiel; as terceiras serão celebradas no templo da glória celeste.
Aquilo que é próprio
das núpcias é unir duas pessoas: o esposo e a esposa. Quando duas famílias
estão em conflito, em geral, o casamento une-as, porque o homem de uma delas
toma uma mulher pertencente à outra. Entre nós e Deus, havia uma grande
discórdia; para a eliminar e estabelecer a paz, foi necessário que o Filho de
Deus tomasse esposa na nossa parentela. Este casamento foi consumado por meio
de vários intermediários e pacificadores, que, com orações insistentes, o
obtiveram a grande custo. Finalmente, o Pai deu o seu consentimento e enviou o
Filho, que Se uniu à nossa natureza na câmara nupcial da Virgem Maria. Deste
modo, o Pai «preparou um banquete nupcial para o seu Filho».
As segundas núpcias
são celebradas quando a graça do Espírito Santo desce sobre a alma e esta se
converte. [...] O esposo da alma é a graça do Espírito Santo. Quando Ele chama
à penitência pela inspiração interior, o fascínio do vício perde o seu efeito.
Finalmente, as
terceiras núpcias serão celebradas no dia do juízo, à vinda do Esposo, Jesus
Cristo, sobre o qual está escrito: «Chegou o esposo! Vinde ao seu encontro» (Mt
25,6). Com efeito, Ele tomará a Igreja como esposa, como João afirma no
Apocalipse: «Eis que vem a esposa, a Jerusalém que desce do Céu, de junto de
Deus, revestida da glória de Deus» (cf Ap 21,9-11). A Igreja dos fiéis desce do
Céu porque obteve de Deus que a sua morada fosse nos Céus. Assim, no presente,
ela vive pela fé e a esperança, mas dentro em breve celebrará as núpcias com o
Esposo: «Bem-aventurados os que foram convidados para o festim das núpcias do
Cordeiro!» (Ap 19,9).
«»
Claro que todos fomos
convidados, e vamos sendo convidados todos os dias.
A Ceia da Núpcias do
Cordeiro é a Eucaristia, onde Jesus refaz a sua última Ceia com os Apóstolos e de
modo incruento repete a Sua Morte, e o Pão e o Vinho, ali transubstanciados
pela mão consagrada do sacerdote, ficam a ser o Seu Corpo e Sangue em que Se nos
dá em alimento!
Alimento… Jantar
Nupcial que o Pai preparou e que para tomar parte nele necessitamos da veste
nupcial que é a Graça de Deus!
Claro que, se formos a
olhar as nossas atitudes de todos os dias, não nos vamos sentir merecedores de
tal dádiva do Senhor, mas temos de ter bem presente as nossas fragilidades e a
imensa Misericórdia e Amor de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo!
O meu coração pula,
mas não consegue dizer à inteligência nem colocar nas mãos o que sente.
Então, fico-me por
aqui, pedindo a toda a gente que desejem a sério receber Jesus, que se esforcem
a sério por poder recebê-Lo, que procurem o Sacramento da Misericórdia ou
Confissão que é o melhor que se pode fazer
para nos sentirmos em paz.
Isto de ir à Eucaristia
e não poder receber Jesus deve ser muito triste!
Que o Senhor ajude a
toda a gente para que toda a gente seja bem feliz!
Boa noite!
Hermínia Nadais
Sem comentários:
Enviar um comentário