A vida tem destas coisas: princípios… e fins!
E se a vida é uma
caminhada, também tem muitas caminhadas… diferentes umas das outras!
Esta… confesso que foi
muito difícil de aceitar, e muito boa de fazer!
Um convite do meu filho
e familiares para passar com eles uns dias em Monte Gordo, no Algarve!
Andei tempos o pensar
o que fazer. Uma pessoa cheia de passear e a quem faltou muito tempo para
conseguir ter as coisas de casa bem cuidadas, sozinha há dezasseis meses, com
muitas saudades, mas muito bem, sem saídas, e ainda assim sem tempo para fazer
o que quer… e agora... surge um convite destes.
Que faço, filha? Que faço,
neto, neto, neto, amigo, amiga…
Claro que não queria
desgostar meus familiares, mas o que queria mesmo era estar em casa!
Não! Tens de ir! Vai fazer-te
bem! Precisas de aliviar a cabeça e mandar para trás o que já passou que não
volta mais!
Senhor! Que faço? Que vou
fazer da minha vida?
Claro que dali não
havia resposta convincente, mas alguma coisa me dizia que eu devia arriscar. E foi
o que fiz!
Houve ansiolíticos dobrados,
tensões altas, olhas molhados, fortes batidas no coração, saudades re re redobradas,
lutas e mais lutas invisíveis a olho nu mas que tive que fazer comigo mesmo,
talvez algum mal estar para quem me acompanhou. Talvez, não! Claro que dei
algum mal estar, pois por muito calada e normal que tentasse estar, nenhum
deles era louco.
Mas… com a ajuda e
carinho desmedido de todos, a caminhada foi boa, muito boa, ensinou-me muito,
mostrou-me mais claramente a Família maravilhosa que Deus me deu, e acabou
muito bem!
Acompanhada por meu
querido filho, andei no mar como nunca tinha andado, mesmo gostando muito de o
fazer.
Há coisas que fazia
todos os dias e não era capaz de fazer. Não por falta de tempo… mas não sei
muito bem porquê!
Vou tentar recuperar
os meus bons hábitos, sem perder nada do que aprendi, do que, muito
amorosamente e sem sequer pensar, me ensinaram.
Obrigada meus queridos
todos, minha norinha querida, minha parceirinha encantadora, meu filho adorado,
meus netos incríveis, todos eles, os que me acompanharam e os que, com a minha
querida filha, ficaram em casa a cuidar de tudo para que estivéssemos na mais
perfeita paz e serenidade!
Meu Deus! Obrigada por
tudo quanto me dás, eu não mereço tanta delicadeza e bondade à minha volta!
Bom Domingo para toda
a gente!
Hermínia Nadais
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