Desde sempre me arrepiaram as Leituras Bíblicas do final do Ano Litúrgico!
Neste momento, não posso
dizer que me arrepiam, mas quanto mais penso nelas menos as compreendo. E mais
me preocupa com tanta gente que não pensa em nada, a não ser que alguma coisa
má esteja para acontecer e então reza-se muito e fazem-se promessas a pedir milagres!
Claro que os milagres
existem, existem todos os dias, nas pequenas coisas que acontecem, nos pequenos
aborrecimentos que vamos vencendo nas doencinhas que aparecem e o médico cura…
e tantas… tantas coisas mais.
Mas isto de pedir a
ajuda de Deus, o milagre, quando estamos aflitos e nem antes nem depois nos
lembrarmos mais do que Deus fez e vai fazendo por todos nós a cada segundo dos
dias… pode não levar a nada, e não quer dizer que Deus não nos ame ou não
queira o melhor para nós.
Os tempos de Deus não
são os nossos!
Confiemos n’Ele,
entreguemo-nos a Ele com muito Amor e amemos
e sejamos presentes aos irmãos como Ele deseja e Seu Filho Jesus nos disse e
exemplificou!
“”São
Cirilo de Jerusalém (313-350)
bispo de
Jerusalém, doutor da Igreja
Catequeses
baptismais, n.º 15
«O céu e a
Terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar» (Mt 24,35)
Nosso
Senhor Jesus Cristo virá dos céus e virá no fim deste mundo, no último dia;
porque este mundo terá um fim, e este mundo criado será renovado. Efetivamente,
uma vez que a corrupção, os roubos, os adultérios e toda a espécie de faltas se
espalharam sobre a Terra e «derramam sangue sobre sangue» (Os 4,2), para que
esta admirável morada não permaneça cheia de injustiça, este mundo desaparecerá
e surgirá outro mais belo. [...]
Escutai o
que diz Isaías: «Os céus enrolam-se como um pergaminho, os seus exércitos
extinguem-se e caem como folhas mortas de vinha ou de figueira» (Is 34,4). E o
Evangelho diz: «O Sol irá escurecer-se, a Lua não dará a sua luz, as estrelas
cairão do céu» (Mt 24,29). Não nos aflijamos como se fôssemos os únicos que têm
de morrer: as estrelas também morrerão, mas talvez sejam ressuscitadas. O
Senhor enrolará os céus, não para os destruir, mas para os ressuscitar, e mais
belos. Escutai o que diz o profeta David: «Tu fundaste a Terra desde o
princípio e os céus são obra das tuas mãos. Eles deixarão de existir, mas Tu
permanecerás; [...] como um vestido que se muda, assim eles desaparecem. Mas Tu
permaneces sempre o mesmo, os teus anos não têm fim» (Sl 101,26-28). [...] E
escutai ainda as palavras do Senhor: «O céu e a Terra passarão, mas as minhas
palavras não hão de passar» (Mt 24,35); é que o peso das coisas criadas não se
iguala ao das palavras do seu Senhor.””
Nesta ocasião, final
de um Ano Litúrgico e início do outro que começa logo com a preparação do Natal
de Jesus, é urgente um bom exame de consciência, uma boa Revisão de Vida, e
maneiras mis práticas de ser e agir, para que estas palavras não nos façam
tremer, que Deus não quer isso, muito pelo contrário quer-nos ver alegres e
felizes!
Hermínia Nadais
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