quarta-feira, 18 de novembro de 2020

VEM E SEGUE-ME!

 

Estas são as palavras de Jesus a cada um ou uma de nós! Precisamos de roupa para vestir, casa para viver, refeições para comer, remédios para curar as nossas doenças, carros para irmos para os nossos trabalhos, e tantas coisas mais! E para tudo isto precisamos de dinheiro! Claro que sem dinheiro não podemos viver! Mas podemos usar o dinheiro sem nos prendermos demasiadamente a ele. Se tivermos de menos alguém nos há-de ajudar a conseguir o que necessitamos, e se tivermos de sobra temos de nos lembrar de quem tem menos e necessita de ajuda.

Esta é a única coisa que Jesus nos pede, que vivamos como irmãos, fraternalmente.

É fácil de dizer, de fazer nem tanto assim! E quando vemos alguém com necessidade e não temos com que ajudar?

E quando as pessoas fingem necessitar e fazem tudo para nos tirar o que podem?

Há de tudo neste mundo, por isso temos de lutar para que haja muita sinceridade na maneira de ser e estar.

Este final de Ano Litúrgico não pode meter-nos medo, mas encher-nos de coragem e atenção para estarmos atentos a tudo quanto Deus põe ao nosso lado, de modo a pudermos fazer algo seja como e por quem for.

“”São Clemente de Alexandria (150-c. 215) teólogo

Homilia «Os ricos podem salvar-se?», 16-17; PG 9, 619-622

«Não podeis servir a Deus e ao dinheiro»

Há uma riqueza que semeia a morte por toda a parte em que domina; libertai-vos dela e sereis salvos. Purificai a vossa alma e tornai-a pobre, para poderdes entender o apelo do Salvador, que vos repete: «Vem e segue-Me» (Mc 10,21). Ele é o caminho por onde anda aquele que tem o coração puro; a graça de Deus não entra numa alma estorvada por uma multidão de posses.

Quem olha para a sua fortuna, o seu ouro, a sua prata e as suas casas, como dons de Deus, esse testemunha a Deus o seu reconhecimento ajudando os pobres com os seus bens. Sabe que os possui mais para os seus irmãos que para si próprio. É senhor das suas riquezas e não seu escravo; não as fecha na alma, tal como não encerra a sua vida nelas, mas realiza, sem desfalecer, uma obra totalmente divina. E, se um dia a sua fortuna vier a desaparecer, aceita a ruina de coração livre. Esse homem, Deus o declara «bem-aventurado»; chama-lhe «pobre em espírito» e herdeiro do Reino dos Céus (Mt 5,3). [...]

Pelo contrário, há quem amontoe a riqueza no coração, no lugar do Espírito Santo. Esse guarda as suas terras, acumula uma fortuna interminável e só se preocupa em arrecadar sempre mais. Não eleva nunca os olhos ao Céu, mas enterra-se nas coisas materiais. De facto, ele é apenas pó e ao pó há de voltar (Gn 3,19); e como pode experimentar o desejo do Reino aquele que, no lugar do coração, tem um campo ou uma mina, esse que a morte surpreenderá inevitavelmente no meio dos seus desejos desregrados? «Porque onde está o teu tesouro, aí estará o teu coração» (Mt 6,21).””

Desejemos apenas o necessário, e se tivermos demais que não seja para nós uma prisão. Nascemos para este mundo nus e de mãos vazias, e partiremos dele vestidos, se morrermos vestidos ou se nos vestirem, e nas mãos não levaremos nada, tudo fica aqui nesta terra, menos o Amor que tivermos guardado no coração da vida com as ações por ele praticadas.

Como eu queria que esta forma de pensar se expandisse ao máximo, seria tão bom para todos.

Lembro e faço referência a quando a Igreja começou lá na Terra Santa em que repartiam uns com os outros tudo quanto tinham, e não havia pobreza nem avareza!

Senhor! Eu não sou digna, mas faz com que o Amor verdadeiro preencha todos os corações, para que a paz e fraternidade sejam uma realidade neste mundo lindo.

Boa noite!

Hermínia Nadais

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