Quando o Senhor nos diz que sejamos como crianças, Ele sabe bem porquê.
Um bebé nasce e começa
logo a aprender, e em pouquíssimo tempo faz inúmeras descobertas e
aprendizagens. E quanto mais o tempo passa, mais aprende… mas vai aprendendo,
cada vez mais devagar e com mais esforço.
Bem, o importante
mesmo é não parar nunca. Mas… tem ocasiões que nos chegam acontecimentos,
palestras, textos que ensinam demais… e é nesses momentos que me sinto criança
e me lembro dessa bendita frase de Jesus: “Se não vos fizerdes como crianças,
não entrareis no reino de Deus!” Isto é o mesmo que dizer, aprendei sempre, até
ao fim (morte). Que grande verdade! Se eu
tivesse aprendido mais cedo muitas coisas que aprendo agora… aminha vida teria
sido muito diferente!
“Santo
António de Lisboa (c. 1195-1231)
franciscano,
doutor da Igreja
Sermão
para o segundo Domingo depois do Pentecostes
«Feliz de
quem tomar parte no banquete do Reino de Deus»
«Certo
homem preparou um grande banquete e convidou muita gente». Neste grande
banquete, comeremos finos manjares, ou seja, os frutos que os filhos de Israel
trouxeram da terra prometida: uvas, figos e romãs. As uvas, de onde se extrai o
vinho, simbolizam a alegria dos santos com a visão do Verbo encarnado. Os
figos, que são o mais doce de todos os frutos, a doçura que os santos
experimentarão na contemplação da Trindade. E as romãs, a unidade da Igreja
triunfante e a diversidade das recompensas. [...]
O Senhor
chama-nos ao banquete da glória celeste. [...] O Senhor, cuja misericórdia é
sem número, não chama apenas por Si mesmo, mas também através da ordem dos
pregadores, sobre os quais o Evangelho diz: «À hora do festim, enviou um servo
para dizer aos convidados: "Vinde, que está tudo pronto"». A hora do
festim é o fim do mundo. Quando chegar este fim, o servo, que é a ordem dos
pregadores, será enviado aos convidados, para que eles se preparem para saborear
o banquete, pois está tudo preparado. Na verdade, depois de Cristo ter sido
imolado, a entrada no Reino é a sua Paixão.
A
propósito desta, a Igreja ou o homem justo, que entrou na ceia da penitência e
vai entrar no festim da glória, declara [...]: «O Senhor é o meu protetor; Ele
me salvou porque me ama» (cf Sl 17, 19-20). Estendendo os seus braços na cruz,
o Senhor tornou-Se meu protetor na sua Paixão; libertou-me com o envio do
Espírito Santo; salvou-me dos ataques dos meus inimigos, porque quis que eu
entrasse no festim da vida eterna.
Peçamos,
pois, irmãos muito queridos, a Nosso Senhor Jesus Cristo que nos introduza na
ceia da penitência e nos transfira desta para o festim da glória eterna, Ele
que é bendito e glorioso pelos séculos dos séculos, ámen!”
Entrar no festim da
vida eterna… quem não quererá??? É que muita gente não acredita ou não
compreende o significado da Palavra de Deus e dos Santos.
Senhor! Ajuda toda a
gente a encontrar o Teu Caminho, o AMOR sem peso nem medida!
Hermínia Nadais
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