Hoje estou voltada para a mulher adúltera que teria, segundo a lei, de morrer apedrejada, e a Misericórdia infinita de Jesus/Deus salvou! E lembro a Susana difamada por dois homens sem escrúpulos que foi salva da morte por aquele jovem que, inspirado por Deus, perguntou onde a Susana estava a cada um por sua vez e, claro, como estavam a mentir, cada um referiu sua árvore. Ora Susana foi salva daquela terrível mentira e os homens foram mortos os dois.
Antigamente,
era mesmo assim. Se agora há injustiças e mentiras, naquele tempo também havia… e as
pessoas pensavam nos erros dos outros e não reconheciam os próprios.
Jesus, na resposta que deu, "Quem não tiver pecado atire a primeira pedra"... simplesmente os fez refletir nas suas próprias
vidas, e todos deixaram cair as pedras ao chão e se afastaram de cabeças baixas deixando a mulher em paz com Jesus.
“”Santo
Agostinho (354-430)
bispo
de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão
13
«Nem
Eu te condeno»
Diz
o salmo: «Deixai-vos instruir, juízes da Terra!» (Sl 2,10). Na Terra, são
juízes os reis, os governantes, os príncipes e os juízes dos tribunais. [...] E
devem instruir-se, porque são a Terra que julga a Terra; mas ela deve temer
Aquele que está no Céu. Eles julgam os seus iguais: o homem julga um homem, o
mortal, um mortal, o pecador, um pecador. Se Nosso Senhor fizesse ressoar, no
meio desses juízes, esta sentença divina: «Quem de entre vós estiver sem pecado,
atire a primeira pedra», não começariam todos a tremer?
Aos
fariseus que, para O tentarem, Lhe tinham trazido uma mulher surpreendida em
adultério [...], Jesus disse: «Quereis lapidar esta mulher como está prescrito
na Lei. Pois bem, quem de entre vós que estiver sem pecado, atire a primeira
pedra». Enquanto O questionavam, escrevia no chão, para «instruir a Terra»;
mas, quando lhes deu esta resposta, levantou os olhos, «olhou para a Terra e
ela estremeceu» (Sl 104,32). Os fariseus, confundidos e a tremer, foram-se
embora, um após outro. [...]
A
pecadora ficou só com o Salvador: a doente com o médico, a grande miséria com a
grande misericórdia. Olhando para esta mulher, Jesus perguntou-lhe: «Ninguém te
condenou?». «Ninguém, Senhor». [...] Mas agora, ela está diante de um juiz sem
pecado. «Ninguém te condenou?». «Ninguém, Senhor, e, se Tu não me condenares,
ninguém poderá tocar-me». Silenciosamente, o Senhor responde a esta
inquietação: «Nem Eu te condeno. [...] A voz da consciência impediu os teus acusadores
de te punirem; a Mim, é a misericórdia que Me faz socorrer-te». Meditai nestas
verdades e «deixai-vos instruir, juízes da Terra!».””
Que
Misericórdia infinita a do Senhor Jesus! Depois dos homens pecadores terem pensado
na frase que Jesus lhes dirigiu e deixado em paz a mulher adúltera, Jesus, que não
tinha pecado, mas também não lhe fez mal algum, simplesmente, usou para com ela de
toda a sua Misericórdia e perdão. “Vai! Também Eu te não condeno! Vai e não
voltes a pecar!”
Quantas
vezes somos parecidos ou parecidas com a mulher adúltera, que toda a gente
critica porque fez muitos pecados… sem olharem para eles ou elas mesmas que
também têm pecados. Somos humanos, e isso é o bastante para, uns mais outros
menos, mas todos sermos pecadores. Olhemo-nos bem a nós mesmos… antes de
falarmos seja de quem for!
Mas
medo, não! Deus é Pai misericordioso e bom! Temos o Sacramento do perdão que é
a Confissão ou Penitência, onde o Sacerdote representa Jesus. Jesus que, antes
que a pessoa lhes enumere os pecados que a afligem, Ele já os sabe melhor do
que a própria pessoa, e para Ele, a pessoa vale muito mais que os pecados, pois
o que Jesus quer é que vá à Confissão para, com a sua infinita Misericórdia e
Amor, perdoá-la e enchê-la da força provinda da Sua Vida de Graça!
Senhor!
Converte-nos a Ti! Faz com que aprendamos a procurar-Te no Sacramento do Perdão
que é o que mais desejas de nós para nos perdoar todos os pecados e nos dares a
força capaz para nos protegeres de cometer pecados novamente.
Confio
em Ti, Senhor, no Teu Amor e Misericórdia infinitos!
Que
sempre sejas louvado!
Hermínia Nadais
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