quarta-feira, 24 de março de 2021

A “INCOMPREENSÍVEL” MISERICÓRDIA DO SENHOR!

 


Hoje estou voltada para a mulher adúltera que teria, segundo a lei, de morrer apedrejada, e a Misericórdia infinita de Jesus/Deus salvou! E lembro a Susana difamada por dois homens sem escrúpulos que foi salva da morte por aquele jovem que, inspirado por Deus, perguntou onde a Susana estava a cada um por sua vez e, claro, como estavam a mentir, cada um referiu sua árvore. Ora Susana foi salva daquela terrível mentira e os homens foram mortos os dois.

Antigamente, era mesmo assim. Se agora há injustiças e mentiras, naquele tempo também havia… e as pessoas pensavam nos erros dos outros e não reconheciam os próprios.

Jesus, na resposta que deu, "Quem não tiver pecado atire a primeira pedra"... simplesmente os fez refletir nas suas próprias vidas, e todos deixaram cair as pedras  ao chão e  se afastaram de cabeças baixas deixando a mulher em paz com Jesus.

“”Santo Agostinho (354-430)

bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja

Sermão 13

«Nem Eu te condeno»

Diz o salmo: «Deixai-vos instruir, juízes da Terra!» (Sl 2,10). Na Terra, são juízes os reis, os governantes, os príncipes e os juízes dos tribunais. [...] E devem instruir-se, porque são a Terra que julga a Terra; mas ela deve temer Aquele que está no Céu. Eles julgam os seus iguais: o homem julga um homem, o mortal, um mortal, o pecador, um pecador. Se Nosso Senhor fizesse ressoar, no meio desses juízes, esta sentença divina: «Quem de entre vós estiver sem pecado, atire a primeira pedra», não começariam todos a tremer?

Aos fariseus que, para O tentarem, Lhe tinham trazido uma mulher surpreendida em adultério [...], Jesus disse: «Quereis lapidar esta mulher como está prescrito na Lei. Pois bem, quem de entre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra». Enquanto O questionavam, escrevia no chão, para «instruir a Terra»; mas, quando lhes deu esta resposta, levantou os olhos, «olhou para a Terra e ela estremeceu» (Sl 104,32). Os fariseus, confundidos e a tremer, foram-se embora, um após outro. [...]

A pecadora ficou só com o Salvador: a doente com o médico, a grande miséria com a grande misericórdia. Olhando para esta mulher, Jesus perguntou-lhe: «Ninguém te condenou?». «Ninguém, Senhor». [...] Mas agora, ela está diante de um juiz sem pecado. «Ninguém te condenou?». «Ninguém, Senhor, e, se Tu não me condenares, ninguém poderá tocar-me». Silenciosamente, o Senhor responde a esta inquietação: «Nem Eu te condeno. [...] A voz da consciência impediu os teus acusadores de te punirem; a Mim, é a misericórdia que Me faz socorrer-te». Meditai nestas verdades e «deixai-vos instruir, juízes da Terra!».””

Que Misericórdia infinita a do Senhor Jesus! Depois dos homens pecadores terem pensado na frase que Jesus lhes dirigiu e deixado em paz a mulher adúltera, Jesus, que não tinha pecado, mas também não lhe fez mal algum, simplesmente, usou para com ela de toda a sua Misericórdia e perdão. “Vai! Também Eu te não condeno! Vai e não voltes a pecar!”

Quantas vezes somos parecidos ou parecidas com a mulher adúltera, que toda a gente critica porque fez muitos pecados… sem olharem para eles ou elas mesmas que também têm pecados. Somos humanos, e isso é o bastante para, uns mais outros menos, mas todos sermos pecadores. Olhemo-nos bem a nós mesmos… antes de falarmos seja de quem for!

Mas medo, não! Deus é Pai misericordioso e bom! Temos o Sacramento do perdão que é a Confissão ou Penitência, onde o Sacerdote representa Jesus. Jesus que, antes que a pessoa lhes enumere os pecados que a afligem, Ele já os sabe melhor do que a própria pessoa, e para Ele, a pessoa vale muito mais que os pecados, pois o que Jesus quer é que vá à Confissão para, com a sua infinita Misericórdia e Amor, perdoá-la e enchê-la da força provinda da Sua Vida de Graça!

Senhor! Converte-nos a Ti! Faz com que aprendamos a procurar-Te no Sacramento do Perdão que é o que mais desejas de nós para nos perdoar todos os pecados e nos dares a força capaz para nos protegeres de cometer pecados novamente.

Confio em Ti, Senhor, no Teu Amor e Misericórdia infinitos!

Que sempre sejas louvado!

Hermínia Nadais

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