Nem sei muito bem por onde começar.
Na
caminhada da vida, se estivermos minimamente atentos a nós mesmos, a Deus e aos
irmãos, pois não se podem separar, as nossas mudanças de atitudes serão de todo
indescritíveis.
Asneiras,
pecados, maiores ou menores, são próprios do ser humano! E Deus/Amor Incondicional
Misericordioso e Bom sabe que somos assim, e é assim que nos quer e nos espera de
braços bem abertos em todos os segundos da nossa vida, prontinho para nos
ajudar a ser felizes.
Sim!
Porque só vivendo do jeito de Deus que Jesus nos veio dizer e exemplificar
seremos realmente felizes.
Há
palavras que conheço desde a infância e juventude, mas nunca soube muito bem o
que queriam dizer.
Aqui
encontrei o que há muito procurava e me deixou imensamente satisfeita!
“”Beato Columba Marmion (1858-1923) abade
A compunção do coração - Os sentimentos do filho
pródigo
O que é a compunção? É uma disposição da alma que
faz com que esta permaneça num estado habitual de contrição. [...]
Reparai no regresso do filho pródigo a casa do pai.
Acaso o imaginamos, depois de regressar, com um ar despreocupado e uma atitude
distanciada, como se tivesse sido sempre fiel? Claro que não! Dir-me-eis: «Mas
o pai não lhe perdoou?». Com certeza, recebeu o filho de braços abertos e não
lhe disse: «És um miserável»; pelo contrário, apertou-o ao coração. E o regresso
deste filho constitui uma alegria tal para o pai que este prepara um grande
banquete para o arrependido. Tudo ficou esquecido, tudo está perdoado. Este
comportamento do pai do filho pródigo é imagem da misericórdia do nosso Pai
celeste.
Mas ele, o filho perdoado, mantém os sentimentos e
a atitude que tinha quando se lançou, arrependido, aos pés do pai: «Pai, pequei
contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho». Tenhamos a
certeza de que, durante o júbilo com que o seu regresso foi celebrado, eram
estas as disposições que dominavam na sua alma. E se, posteriormente, a
contrição diminuiu de intensidade, nunca tal sentimento se apagou por completo,
ainda que o filho recuperasse para sempre o lugar que tinha tido na casa
paterna. Quantas vezes, com efeito, terá dito ao pai: «Bem sei que me perdoaste
tudo, mas o meu coração não se cansará de repetir com gratidão a pena que tem
de te ter ofendido e o desejo de resgatar, com uma fidelidade maior, as horas
perdidas e o facto de te ter esquecido».
Deve ser esse o sentimento de uma alma que ofendeu
a Deus [...]. A compunção do coração torna a alma firme no horror ao mal e no
amor a Deus.””
Filhos
pródigos somos todos nós, uns mais outros menos, mas todos temos alturas em que
nos distanciamos um pouquinho de Deus e com mais ou menos amor e vontade vamos à
Sua procura no Sacramento da Confissão, Reconciliação ou Penitência, onde nos
espera na pessoa do Sacerdote.
Claro
que quando chegamos à confissão Deus já conhece muito bem os nossos pecados que
devemos dizer todos, pedir perdão de todos, abrir-Lhe o coração de par em par,
deixá-Lo entrar ou reentrar para nos fortificar nos caminhos da vida… onde
devemos permanecer num estado habitual de contrição, façamos o que fizermos.
Se,
de fato, nos doer magoar o Senhor, faremos tudo para fugir do que O magoa, é o
que se chama de compunção!
Senhor
Jesus! O tempo é propício!
A
Quaresma é tempo de conversão! E nós precisamos de conversão, e de compunção!
Precisamos
de nos sentir perdoados, e de continuarmos, incessantemente, com pena de Te termos
ofendido, Senhor!
Que
o Teu Divino Espírito Santo nos dê os Seus maravilhosos Dons, para que
consigamos, cada vez mais e melhor, viver contigo, para Ti, e tudo fazer para
que toda a gente Te ame também!
Que
a Tua Misericórdia infinita, Senhor, nos perdoe sempre e nos ajude a ser o que
queres que sejamos… todos nós… vivendo no permanente estado de compunção em
todos os momentos da nossa vida!
Hermínia
Nadais
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