Esta frase encerra
toda uma forma de vida, toda uma maneira de viver!
Mas...
quanto é difícil não julgar!
Parece
impossível como, criados por Deus, bondade, sabedoria e misericórdia infinitas,
que tudo perdoa, tudo compreende, tudo ama... sairmos assim, tão propensos a
incompreensões, a críticas, a dar opiniões sobre os comportamentos dos
outros!...
Talvez...
por os nossos olhos, a que chamam espelhos da alma, só verem para fora! Mas que
espelhos meu Deus! Quanto necessitam de ser limpos!...
Os
olhos não, a alma, o coração, pois é do coração que sai tudo e mais alguma
coisa, como as nossas boas disposições e os nossos maus humores!
Em
qualquer situação que nos surja, podemos ver sempre dois lados opostos, o bom
ou o mau. E veremos sempre o que se acertar melhor com o nosso estado de
espírito, ou seja, com o que tivermos entranhado no mais íntimo de nós!
A
esta parte, gostei de pensar num pouquinho de uma carta de Doroteu de Gaza:
“Certas pessoas
convertem em maus humores todos os alimentos que absorvem, mesmo que sejam
alimentos de boa qualidade. A responsabilidade não é dos alimentos, mas do
temperamento dessas pessoas, que altera os alimentos. Da mesma maneira, se a
nossa alma tiver uma disposição má, tudo lhe fará mal; até as coisas vantajosas
serão por ela transformadas em coisas prejudiciais. Não é verdade que, se
deitarmos umas ervas amargas num pote de mel, as ervas alteram todo o conteúdo
do pote, tornando amargo o mel? É isso que nós fazemos: espalhamos um pouco do
nosso azedume e destruímos o bem do próximo, olhando para ele a partir da nossa
má disposição.
Há outras pessoas que têm um temperamento que transforma tudo em bons humores,
incluindo os alimentos nocivos. […] Os porcos têm uma excelente constituição.
Comem cascas, caroços de tâmaras e lixo. Contudo, transformam estes alimentos
em viandas suculentas. Também nós, se tivermos bons hábitos e um bom estado de
alma, tudo poderemos aproveitar, incluindo aquilo que não é aproveitável. Muito
bem diz o Livro dos Provérbios: «Quem olha com doçura obterá misericórdia»
(12,13). Mas também: «Todas as coisas são contrárias ao homem insensato»
(14,7).
Ouvi dizer de um irmão que, quando ia visitar outro irmão e encontrava a cela
descuidada e desordenada, pensava: «Que feliz que é este irmão, que está
completamente desprendido das coisas terrenas, elevando totalmente o seu
espírito para o alto, de tal maneira que nem tem tempo para arrumar a cela!»
Quando ia visitar outro irmão e encontrava a cela arrumada e em boa ordem,
pensava: «A cela deste irmão está tão arrumada como a sua alma. Tal como a sua
alma, assim é a sua cela.» E nunca dizia de nenhum deles: «Este é desordenado»,
ou: «Este é frívolo.» Graças ao seu excelente estado de alma, de tudo tirava
proveito. Que Deus, na sua bondade, nos dê também um estado bom para que
possamos tudo aproveitar, sem nunca pensarmos mal do próximo. Se a nossa
malícia nos inspirar juízos e suspeitas, transformemo-os rapidamente. Pois não
ver o mal do próximo engendra, com a ajuda de Deus, a bondade.”
Pois! Se quisermos ser
bons mesmo, ou lutar por ser bons, temos que aprender a ver sempre o lado bom
de tudo! A princípio pode até custar, mas que anima muito, anima!
Tive, ou melhor, tenho
um AMIGO na eternidade que me sugeriu no final de cada dia contrariar o normal
exame de consciência não procurando o mal feito mas três ou quatro boas acções.
Não me fiz esperar, e logo inverti os meus hábitos.
Foi algo de maravilhoso
para deitar fora o negativismo e passar a ser uma pessoa positiva.
Para quê procurar o que
fizemos de errado... se quando erramos a consciência não nos deixa sossegar
mesmo!
Incentivar o bem, isso
sim, é uma boa norma para crescer ao jeito de Jesus como Deus quer!
Então... o “Não julgueis e não sereis julgados” já não nos causará tanto receio!
Nota: Vou inserir de
novo os dois links para ser mais fácil a quem os quiser ouvir
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