quarta-feira, 17 de junho de 2015

ORA... EM SEGREDO!



Quanto mais rezamos, mais aprendemos a rezar! E quanto mais falamos em oração, mais a vida de oração nos surpreende, encanta e incita a orar!
É que viver ao jeito de Jesus em comunicação com Ele, com o Pai e o Espírito Santo e assessorados pela Mãe Maria Santíssima, é algo extraordinário para pobres pecadores! Sim, porque, pecadores, somos todos nós, por muito que sejamos agraciados por Deus! Pois queiramos ou não, é muito simplesmente o nosso ser humanosque nos leva a errar sem o querermos e desvia do bem que desejamos!
Por isso, a oração é uma arma de defesa contra as nossas más inclinações e tentações permanentes.
Há tantas formas de orar. Já nos perdemos no significado da palavra. Então na prática a oração, perdemo-nos muitas vezes mesmo! Falo por mim!
Na participação em orações comunitárias a distracção é frequente, mesmo na Eucaristia! É uma amargura, uma tortura, não sei mesmo o que chamar a esta incompreensível aberração.
Recordo, numa formação sobre a oração, o que disse a Irmã Sofia: É preciso rezar sempre, ser constante na oração! Muitas vezes estamos muito tempo a rezar e de todo esse tempo aproveitamos um bocadinho, mas esse bocadinho é muito bom! Somos muito frágeis, precisamos de nos fortalecer na oração, sendo assíduos e persistentes pois Deus sabe bem as nossas fraquezas e valoriza o nosso empenho!
Devemos ser muito cuidadosos em toda a forma de oração, silenciosa, individual ou colectiva. E no trabalho e actividade de todos os dias, como a oração se faz ao nível do nosso interior, podemos manter-nos em constante contacto com Deus no íntimo do nosso coração! Santo Agostinho dá-nos uma explicação muito clara:
Quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo.
“Entrar no fundo da tua casa é entrar no teu coração. Felizes os que se alegram por entrar no seu próprio coração e nele não encontram mal. [...]
São de lamentar aqueles que, ao entrarem em sua casa, podem recear ser dela expulsos por causa de duras disputas com os seus. Mas muito mais infelizes são aqueles que não ousam sequer entrar na sua consciência, com medo de serem expulsos pelo remorso dos seus pecados. Se queres entrar com prazer no teu coração, purifica-o: «felizes os corações puros, porque verão a Deus» (Mt 5,8). Arranca do teu coração as nódoas da cupidez, as manchas da avareza, a úlcera da superstição; arranca os sacrilégios, os maus pensamentos, os ódios, não só para com os teus amigos mas também para com os teus inimigos. Arranca tudo isso; depois, entra no teu coração e nele serás feliz.”
Tanta verdade junta! Não dá para explicar, mas que é assim, não duvido, tenho a certeza!
A nossa felicidade começa sempre no mais íntimo de nós mesmos a partir do dever cumprido, ou seja, do amor que colocarmos em tudo o que fazemos!
Que Deus nos ajude!

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