domingo, 19 de agosto de 2018

DOMINGO... JUNTO À PRAIA



Sol quente... e muita, muita gente!
Veículos a rodar e parados espalhados por todos os lados.
O mar, na sua agitação habitual, beijando docemente a areia e acariciando meigamente os corpos que dele se aproximavam, sedentos de água salobra e maresia.
As areias, engalanadas pelos guarda-sóis e vestes bem coloridas espalhadas pela praia mais pareciam um maravilhoso jardim com esplendorosas flores, saltitantes!
Que beleza! Que encanto! Que delícia! Que maravilha!
Tantos... ‘que’s!...
E ainda havia muitos mais, que não adianta enumerar!
E... de regresso à ‘Aldeia dos tetos brancos’ chegada à minha pequena casinha rolante fui agradecendo ao Senhor tudo quanto tinha visto... vivido... sentido!
E... como por encanto... encontrei esta maravilhosa oração:
«»
 Enquanto gozar do sopro de vida que me concedeste, Pai santo, Deus todo poderoso, proclamar-Te-ei Deus eterno e Pai eterno. Nunca eu me farei juiz do teu poder supremo e dos teus mistérios; nunca porei o meu limitado conhecimento à frente da noção verdadeira do teu infinito; nunca afirmarei que exististe jamais sem a tua sabedoria, o teu poder ou o teu Verbo, que é Deus, o Unigénito, o meu Senhor Jesus Cristo. É que, mesmo sendo a linguagem humana fraca e imperfeita, ao falar de Ti não limitará o meu espírito a ponto de reduzir a minha fé ao silêncio, por falta de palavras capazes de exprimir o mistério do teu ser. [...]
Nas realidades da natureza, também há muitas coisas cuja causa não conhecemos, sem contudo lhes ignorarmos os efeitos. E quando, devido à nossa incapacidade, não sabemos que dizer dessas coisas, a nossa fé enche-se de adoração. Quando contemplo o movimento das estrelas [...], o fluxo e refluxo do mar [...], o poder oculto na mais pequena semente [...], a minha ignorância ajuda-me a contemplar-Te, pois, se não compreendo essa natureza que está ao meu serviço, distingo nela a tua bondade, pelo simples facto de existir para me servir. Apercebo-me mesmo de que nem a mim próprio me conheço, mas admiro-Te tanto mais por isso [...]. Deste-me a razão, a vida e os meus sentidos de homem, que me causam tantas alegrias, mas não consigo compreender qual foi o meu começo como homem.
É, pois, não conhecendo aquilo que me cerca que capto aquilo que és; e, percebendo aquilo que és, adoro-Te. Por isso, não compreender os teus mistérios não diminui a minha fé no teu poder supremo. [...] A geração de teu eterno Filho ultrapassa a própria noção de eternidade, é anterior aos tempos eternos. Nunca exististe sem Ele [...], és o Pai eterno do teu Unigénito desde antes dos tempos eternos.
(Santo Hilário (c. 315-367) bispo de Poitiers, doutor da Igreja)
«»
Não fala em praia, areia ou Sol, mas em Deus Criador de todas as coisas, a Quem a areia da praia ou as águas do mar com as suas ondas saltitantes não são indiferentes!
Falar de Deus... é falar de tudo, de tudo quanto vemos, de tudo quanto não conseguimos ver e somos, e sentimos!
Que o Senhor de toda a VIDA que nos quer alimentar a Vida não nos desampare.
Que sempre seja louvado!
Boa noite, e boa semana!
HN

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