Se tivermos consciência de que nem a nós mesmos nos conhecemos intimamente como deve ser, nunca seremos capazes de criticar seja o que for, pois não conhecemos minimamente a razão porque a pessoa ou pessoas reagiram de determinado modo!
Pronto, criticar… não!
Mas o nosso dever é ajudar quem necessita seja do que for que possamos fazer. Então…
em vez de criticar, tentar ajudar a corrigir!
Mas, já diziam as
minhas avós que ‘duas pedras ásperas não fazem farinha… de pedra claro, pois
nenhuma se desfaz’.
Nunca por nunca
poderemos tentar corrigir com palavras azedas ou incompreensões, muito pelo
contrário. Tentar compreender, aceitar, ajustar palavras, voz, atitudes que
sejam bem aceitas pelo outro, até porque, se somos diferentes dele ou dela
nesse ponto, teremos outros defeitos para que nos possam corrigir também, porque
perfeito só mesmo Deus, o Senhor!
Santo Agostinho
(354-430)
bispo de Hipona (norte
de África), doutor da Igreja
Explicação do Sermão
da Montanha, 19, 63
A trave e o argueiro
Nesta passagem, o
Senhor previne-nos contra os juízos temerários e injustos, pois pretende que
ajamos com um coração simples, olhando sempre só para Deus. Dado que ignoramos
os motivos de muitas ações, seria temerário da nossa parte julgá-las. Os mais
dispostos a fazer juízos temerários e a condenar os outros são aqueles que
preferem condená-los a corrigi-los e conduzi-los ao bem, uma atitude que denota
orgulho e mesquinhez. [...] Por exemplo, um homem peca por cólera, e tu
repreende-lo com ódio. Ora, entre a cólera e o ódio vai a mesma distância que
separa a trave do argueiro. O ódio é uma cólera inveterada que, com o tempo,
assumiu proporções tais que bem merece o nome de trave. Pode acontecer que te
encolerizes quando pretendias corrigir, mas não deves nunca deixar-te levar
pelo ódio. [...] Afasta primeiro o ódio para longe de ti, e poderás depois
corrigir aquele que amas.
«»
Só poderemos corrigir
com muito Amor, e se mais não pudermos, rezemos que Deus fará o resto! E não
tenhamos medo de não sermos capazes por falta de Amor, porque o Deus Amor, generoso
misericordioso e bom, presente em tudo e a todos, quanto mais amorosamente nos
damos, mais amorosos nos ajuda a ser.
A nossa generosidade
vem-nos de Deus, que nos dá tudo com abundância, é só estarmos atentos!
E quando a nossa
generosidade aumenta, aumenta, é Deus que no-la faz aumentar porque vive
connosco e nos ama com amor eterno, como Ele é!
Um bom Domingo,
repleto de perdão e amor que é o que Deus quer de todos nós… muita
fraternidade!
Hermínia Nadais
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