Antes
e acima de tudo está o bem-estar da sociedade, por isso mesmo, estes momentos
difíceis de suportar na confinação devido à pandemia.
Nunca
me ocorreu ter necessidade de ter a minha mesa tão pequena e tão desprovida num
dia de Carnaval. Mas pronto, é por uma boa causa!
Estamos
a entrar na Quaresma, que esperamos seja mais profunda, pois o que interessa é
o que se passa no mais profundo do coração, lá bem no fundo, onde o Senhor gosta
de morar para nos levar a praticar melhores ações, ações mais dignas de irmãos
e filhos dp mesmo Pai Comum, Deus, que Tu, Senhor Jesus, nos destes por Pai!
“”São
Vicente de Lérins(?-antes de 450)monge Commonitorium, 23
«Ainda
não entendeis nem compreendeis?»
Na
Igreja de Cristo, poderá haver progresso na doutrina? [...] Com certeza que tem
de haver, e progresso considerável! Quem seria tão ciumento dos homens e
inimigo de Deus que tentasse opor-se a ele? Mas com a condição de se tratar de
verdadeiro progresso, e não de uma alteração da fé. É necessário que a
inteligência, a ciência e a sabedoria cresçam e progridam fortemente em cada um
e em todos, em cada homem e na Igreja inteira, ao longo dos anos e dos séculos;
mas é preciso que progridam segundo a sua própria natureza, quer dizer, na
mesma doutrina, no mesmo sentido, na mesma afirmação.
Que
a religião das almas imite o desenvolvimento dos corpos: apesar de evoluírem e
crescerem ao longo dos anos, permanecem o que eram. Há uma grande diferença
entre o desabrochar da infância e os frutos da velhice, mas é a mesma pessoa
que passa da infância à idade maior. É um só e mesmo o homem cuja estatura e
maneiras se modificam, enquanto ele conserva a mesma natureza, enquanto ele
permanece uma só e a mesma pessoa. Os membros dos bebés são pequenos, os dos
jovens são grandes; são, contudo, os mesmos [...], que existiam já em potência no
embrião. [...]
Do
mesmo modo, a fé cristã deve seguir estas leis do progresso para se fortificar
com os anos, para que o tempo a desenvolva e a idade a enobreça. Os nossos pais
semearam o trigo da fé para a colheita da Igreja. Seria injusto e chocante que
nós, os seus descendentes, em vez do trigo da verdade autêntica, recolhêssemos
o erro fraudulento do joio (cf Mt 13, 24ss.). Pelo contrário, é justo e lógico
que não haja desacordo entre os primórdios e o fim, e que recolhamos este trigo
que se desenvolveu depois de ser semeado. Assim, para que uma parte das
primeiras sementes evolua com o tempo, será conveniente fertilizá-las e
aperfeiçoar o seu cultivo.””
Fertilizar
as verdades da fé é tentar vivê-las o melhor que conseguimos, como crianças,
jovens, pessoas adultas e velhinhas também.
Somos
sempre os mesmos, mas pelo que vivemos e aprendemos, vamo-nos tornando mais
crescidos na fé, esperança e caridade ou Amor de Deus. Quando era pequena e
jovem, nunca imaginei a aprendizagem e vivencia que teria conseguido nesta idade
em que me encontro.
E,
face ao que se pode fazer, nunca fiz nada na vida. Que o Senhor me perdoe! Por
tanto que há a fazer… que faço eu, Senhor!!!
Que
esta Quaresma seja um encontro comigo mesma e com tudo o que estiver ao meu
alcance para crescermos mais para o Senhor, cada um e todos com Deus
Que
sempre sejas louvado.
Hermínia
Nadais
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