O Evangelho de hoje diz-nos que Jesus subiu à montanha, não sozinho, mas com três Apóstolos para Ele especiais: Pedro, o primeiro chefe da Igreja; Tiago, o que viria a ser o primeiro Bispo e João, o discípulo amado, que iria cuidar de Nossa Senhora depois da morte física de Jesus!
Foi
na montanha que Jesus Se se mostrou tal qual era e se encontrou com Moisés e
Elias!
Foi
tão bom
aquele momento que os Apóstolos queriam ficar para
sempre ali, mas não! Toda a beleza encantadora desapareceu, ficando Jesus com
os Apóstolos pedindo que não falassem a ninguém no que viram.
“”Santo Ambrósio (c. 340-397) bispo de Milão,
doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de Lucas, VII, 9ss.
«Transfigurou-Se diante deles. As suas vestes
tornaram-se resplandecentes»
Foram três os escolhidos para subir à montanha, e
dois para aparecer com o Senhor. [...] Sobe Pedro, que recebeu as chaves do
Reino dos Céus, sobe João, a quem será confiada a Mãe de Jesus, e sobe Tiago,
que será o primeiro a ascender à dignidade de bispo. Em seguida, aparecem
Moisés e Elias, a lei e a profecia, com o Verbo. [...] Subamos também nós à
montanha, imploremos ao Verbo de Deus que nos apareça em todo o seu esplendor e
em toda a sua beleza, que seja forte, que avance pleno de majestade e que
reine. [...]
Pois, se não ascenderes a um saber mais elevado, a
Sabedoria não te aparecerá, nem te aparecerá o conhecimento dos mistérios. Não
conhecerás o esplendor e a beleza que estão contidos no Verbo de Deus; pelo
contrário, o Verbo de Deus aparecer-te-á num corpo «sem figura nem beleza» (Is
53,2). Aparecer-te-á como um homem abatido, capaz de sofrer as nossas
enfermidades (v. 5); aparecer-te-á como uma palavra nascida do homem, tapada
pelo véu da letra, que não resplandece com a força do Espírito (2Cor 3,6-17).
[...]
No alto da montanha, as suas vestes são diferentes
do que eram lá em baixo. As vestes do Verbo são talvez as palavras das
Escrituras, vestindo por assim dizer o pensamento divino; e, assim como
apareceu a Pedro, a Tiago e a João com um aspeto diferente, com vestes
resplandecentes de brancura, assim também aos olhos do teu espírito se ilumina
já o sentido das Escrituras. As palavras divinas tornam-se como que uma neve,
as vestes do Verbo «de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a Terra as
poderia assim branquear». [...]
«Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua
sombra», que é a sombra do Espírito divino, que não tapa o coração dos homens,
antes revela aquilo que está oculto. [...] Bem vês que, não só para os
principiantes, mas também para os perfeitos, e até para os habitantes do Céu, a
lei perfeita consiste em conhecer o Filho de Deus.””
Subir
à montanha! Subir ao alto! A montanha a subir pode ser, a Quaresma que estamos
a viver! Subir à montanha pode ser a participação num encontro com Catequistas,
Leitores, Cantores; participar num Cursilho, num Retiro Espiritual, numa Adoração
Eucarística, numa Eucaristia, numa oração coletiva, numa pregação específica, numa
confissão, num encontro de Direção Espiritual… em algo em que possamos estar
mais intimamente ligados ao Senhor com vontade de aprender algo de novo ou de
mudar algum comportamento que saibamos não ser coerente com uma vida cristã
autêntica.
Jesus
não ficou na montanha, desceu com os Apóstolos.
Nós,
também não podemos ficar nas nossas montanhas, mas descer para o nosso meio
ambiente e colocar em prática as aprendizagens obtidas ou as mudanças a fazer. Mas… cuidado!
Tentar
mudar é estar preparado para cair e voltar a cair muitas vezes… sem nunca desanimar,
pois precisamos de muita coragem para emendar os nossos erros.
O
tempo é propício! E isto da pandemia, com todos os seus confinamentos, pode
ajudar muito.
A
mim ajudou, e espero que continue a ajudar!
Que
o Espírito Santo nos fortaleça e oriente.
Hermínia
Nadais
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