Começamos a aprender a rezar em criança bem pequena, e são-nos ensinadas montões e orações de todos os jeitos formas e feitios! Depois crescemos e vamos aprendendo cada vez mais orações. O tempo passa, e envelhecemos, e acabamos por descobrir a verdadeira forma de rezar.
Mas os hábitos, os
costumes, as orações diárias que por nada queremos deixar para trás, vão-nos
preenchendo os dias.
Qualquer problema
sentido na vida de alguém, nos leva a rezar, orar, aumentar a oração. E muitas
vezes rezamos enquanto fazemos pequenos trabalhos que não necessitam atenção… e
acabamos por nos distrair com as coisas mais simples que se possa imaginar.
Fazer da vida uma
oração constante é o nosso maior gosto, então, logo ao levantar, colocamos tudo
nas mãos do Senhor e de Sua Santíssima Mãe.
Recordamos o Sacrário Bendito onde Teu Divino Corpo e Sangue permanecem para
nosso alimento. Lembramos a sociedade
inteira e colocamo-la lá, junto de Ti para que a encaminhes, para que o Teu Santo
Espírito seja a Luz do Mundo em todas as suas dificuldades.
E não nos ficamos por
aqui. Em tempo de quaresma, procuramos a Via-Sacra, a Eucaristia ainda que
online, a comunhão Espiritual, a Adoração que a Comunicação Social nos traz até
casa, até o Breviário vamos buscar sempre que podemos.
Será que
isto é oração que Jesus quer, que Deus deseja de nós???
“”São
João da Cruz (1542-1591)
carmelita descalço, doutor da Igreja
«Subida do Carmelo» III, 43/44
«Orai assim»
De tudo o que diz respeito à oração e a exercícios de
devoção, detenhamo-nos apenas nos ritos, ou maneiras de rezar, ensinados por
Cristo. Não podemos duvidar de que, quando os discípulos pediram a Nosso Senhor
que os ensinasse a rezar (cf Lc 11,1), Ele lhes disse tudo o que era necessário
para serem atendidos pelo Pai eterno, cuja vontade conhecia perfeitamente. Ora,
Jesus apenas lhes ensinou os sete pedidos do pai-nosso, no qual está contida a
expressão de todas as nossas necessidades corporais e espirituais. Não lhes
ensinou uma quantidade de orações e de cerimónias; pelo contrário, disse-lhes
noutra ocasião que não multiplicassem as palavras ao rezar, porque o nosso Pai
do Céu sabe muito bem aquilo de que temos necessidade.
A única coisa que lhes recomendou, e fê-lo com viva
insistência, foi que perseverassem na oração, ou seja, na recitação do
pai-nosso. Porque também disse: «É necessário rezar sempre, sem nunca
desfalecer» (Lc 18,1). Assim, Ele não nos ensinou a multiplicar os pedidos, mas
a tornar a fazê-los, muitas vezes, com fervor e atenção. Porque, repito, estes
pedidos do pai-nosso encerram tudo o que está de acordo com a vontade de Deus e
tudo o que nos é útil. Por isso, quando o Mestre divino por três vezes Se
dirigiu ao Pai eterno, em todas elas repetiu as mesmas palavras do pai-nosso,
como reportam os evangelistas: «Pai, se este cálice não pode passar sem que Eu
o beba, faça-se a tua vontade!» (Mt 26,42).
Quanto aos ritos que devemos seguir na oração, Cristo
deu-nos apenas dois: ou «entrar no quarto mais secreto» (Mt 6,6) e aí, longe de
todo o ruído e com toda a liberdade, rezar com um coração puro e despreocupado
[...]; ou procurar locais solitários, como Ele próprio fazia, para orar nas
horas mais favoráveis e silenciosas da noite (cf Lc 6,12).””
Senhor! Tem piedade do Teu povo! Ensina-nos a ser o
que queres que sejamos!
Ajuda-nos a ter presente nos segundos dos dias as
dificuldades de tantos e tantas que se não encontram a eles mesmos, para que Te
encontrem e vivam em paz.
Ajuda-nos a colocar nas Tuas Santas mãos quem de Ti
mais necessita, pois sabes muito bem o que lhes deves dar!
Ensina-nos, Senhor, nesta Quaresma tão confinada, a
fazer o que devemos para a expansão do Teu Reino de Amor, Justiça, Paz e Fraternidade!
Que sempre sejas louvado!
Hermínia Nadais
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