sábado, 13 de fevereiro de 2021

OS APELOS DE DEUS

 

Falamos muito em apelos de Deus… e sabemos que Deus não deixa de nos encaminhar para Ele, a Verdadeira vida, das mais diversas formas. Mas… muitas vezes os Seus apelos passam-nos despercebidas de tão meigos que são, ou então de tão exigentes que nos parecem disparatados.

Mas não! Deus sabe sempre o que é melhor para nós, e como devemos viver para levarmos uma vida cada vez mais digna e dignificante.

Umas vezes a ajuda vem de um familiar, outra de um amigo, outra de um acontecimento, de uma doença, de um encontro, de uma tristeza ou alegria.

Temos de nos habituar a analisar tudo quanto nos acontece para aprendermos a agir de acordo com a vontade de Deus, pois é assim que melhor conseguimos ver e sentir os Seus apelos. Isto implica que que a nossa vida esteja unida ao Senhor, ou seja, para ser mais concreta, sem pecados considerados graves, pois leves… a  nossa fragilidade é grande e, mais ou menos, vão acontecendo. É contra esses que também devemos lutar com toda a nossa força que sempre vem de Deus.

“”«Gaudium et Spes», §§ 19-21

Alguns permanecem surdos aos apelos de Deus

A razão mais sublime da dignidade do homem consiste na sua vocação à união com Deus. O homem é convidado a dialogar com Deus desde o começo da sua existência; pois se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por Ele por amor constantemente conservado, e não pode viver plenamente segundo a verdade se não reconhecer livremente esse amor e se entregar ao seu Criador. Porém, muitos dos nossos contemporâneos não atendem a esta íntima e vital ligação a Deus, ou até a rejeitam explicitamente; de tal maneira que o ateísmo deve ser considerado um dos factos mais graves do tempo atual. [...]

Enquanto alguns ateus negam expressamente Deus, outros pensam que o homem não pode afirmar seja o que for a seu respeito, e outros ainda tratam o problema de Deus de tal maneira que ele parece não ter significado. Muitos, ultrapassando indevidamente os limites das ciências positivas, ou pretendem explicar todas as coisas só com os recursos da ciência, ou, pelo contrário, já não admitem nenhuma verdade absoluta. [...] Outros concebem Deus de tal maneira que aquilo que rejeitam não é de modo algum o Deus do Evangelho. Outros há que nem sequer abordam o problema de Deus: parecem alheios a qualquer inquietação religiosa e não percebem por que motivo se devem ainda preocupar com a religião. Além disso, o ateísmo nasce muitas vezes dum protesto violento contra o mal que existe no mundo. [...]

Não se deve passar em silêncio, entre as formas atuais de ateísmo, aquela que espera a libertação do homem sobretudo da sua libertação económica.

A Igreja [...], consciente da gravidade dos problemas levantados pelo ateísmo e levada pelo amor que tem a todos os homens, entende que eles devem ser objeto de um exame sério e profundo. A Igreja defende que o reconhecimento de Deus de modo algum se opõe à dignidade do homem, uma vez que esta dignidade se funda e se realiza no próprio Deus. Com efeito, o homem, ser inteligente e livre, foi constituído em sociedade por Deus Criador; mas é sobretudo chamado a unir-se a Deus como filho e a participar na sua felicidade.””

Quando pequenos, normalmente, recebemos o Batismo e participamos na catequese, uns para fazer a primeira Confissão/Comunhão, outros vão até ao Sacramento da Confirmação ou Crisma, a partir dos quais tanto pais como filhos se desleixam, pois pensam que já fizeram o suficiente, mas não! Este é o primeiro comportamento que devemos ter, o primeiro encontro com o Senhor e com a vida da Sua Graça, mas se não continuarmos com catequese, encontros de jovens ou qualquer grupo que nos vá falando da forma como vivermos para o Senhor, a nossa caminhada com Ele terá pouco jeito, e acabará por sucumbir.

Assim como para crescermos no conhecimento vamos para as escolas do 1º, 2º, 3º ciclo, Secundário e Universitário, para a nossa vida interior também temos muito que aprender e viver… e ter a consciência de que nunca saberemos nada neste mundo lindo onde Deus nos colocou.

Digo isto, porque, com 74 anos, sempre integrada na vida da Igreja e fazendo tudo quanto posso aprender, interiorizar, praticar… quando me olho mais profundamente, agradeço ao Senhor o que tem feito comigo e por mim mas fico  consciente de que O sigo, sem praticamente nada saber.

Ó Senhor, que sempre sejas louvado!

Bom Domingo para todos!

Hermínia Nadais

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