quarta-feira, 4 de março de 2015

COMUNICAR!




Cansada de ouvir notícias, e finalmente, com a televisão desligada!
Tenho imensa necessidade de silêncio, de momentos de silêncio para me encontrar comigo mesma e decidir estratégias de encontro! Sim, estratégias de encontro com as pessoas com quem, pelas mais variadas razões, tenho necessidade de falar, de me comunicar!
Comunicar!... Comunicar, falar, dar a conhecer algo mais ou menos importante, é uma atitude muito boa para o crescimento das pessoas, que são mais ou menos tocadas pelo que vão vendo e ouvindo. Mas... às vezes fico muito preocupada com aquela comunicação que nos entra em casa todos os dias. Não sei como, mas sabem tudo quanto de mau se faz por todo o lado. E falam de tudo isso com uma naturalidade desconcertante!
Claro que uma Comunicação Social deve manter a sociedade informada, é o dever dela, mas, de certeza que não têm a ideia de ver as coisas pelo lado bom, pois se tivessem, por certo arranjariam formas de noticiar tantos comportamentos exemplares que existem e dos quais ninguém fala.
Ao ouvir as notícias normais, ficamos com a sensação de que tudo está muito mal, assassínios, suicídios, roubos... mentiras, calúnias, sei lá... é um nunca mais acabar!
A vida é, toda ela, feita de pequenas coisas! Porque dão tanto valor às desgraças e desgraceiras e desprezam tantas atitudes dignas de serem conhecidas!
O bem é silencioso, eu sei, todos sabemos!
E comunicar é de todos nós!
Quanto mais falarmos no mal mais mal existe! Falar no mal é uma forma de o promover! Esquecer o bem é uma outra forma de promover o mal.
Se temos tanta vontade de que tudo esteja bem com toda a gente, porque não mostramos exemplos bons na comunicação que vamos fazendo todos os dias? Seria uma boa forma de ajudar as pessoas a praticar o bem e a viver melhor o amor.
Tenho presente algumas dicas que Zenit apresentou do Papa Francisco referentes à Comunicação Social e que podem servir para todos nós:
“"três pensamentos que tenho particularmente no coração sobre o papel do comunicador".
Em primeiro lugar, a paresia, ou seja, “a valentia para falar na cara, com franqueza e liberdade”. Se estamos realmente convencidos do que temos a dizer, as palavras vêm, disse o Papa. Mas "se estamos preocupados com os aspectos táticos, o nosso discurso será artificial e pouco comunicativo, sem gosto. Um falar de laboratório, e isso não comunica nada”. E assim, o Santo Padre advertiu que a liberdade é também a do respeito às modas, os lugares comuns, as fórmulas pré-concebidas; que ao final anulam a capacidade de comunicar: cada palavra tem dentro de si uma centelha, fogo de vida, despertar essa centelha para que venha. Esta é a primeira tarefa do comunicador”.
Em segundo lugar, o Papa indicou que a comunicação evita tanto "encher" quanto "fechar". Se “enche” quando se tende a saturar a nossa percepção com slogans em excesso que, em vez de colocar no pensamento o lema, o apaga, explicou. E acrescentou que se "fecha" quando, em vez percorrer o longo caminho da compreensão, se prefere o breve de apresentar pessoas como se fossem capazes de resolver todos os problemas, ou, pelo contrário, como bodes expiatórios em quem despejar toda a responsabilidade. "correr rapidamente para a solução, sem permitir o esforço de representar a complexidade da vida real". a segunda tarefa do comunicador: abrir e não fechar, “que será mais fecundo quanto mais se deixe conduzir pela ação do Espírito Santo, o único capaz de construir unidade e harmonia".
Por fim, apontou a terceira tarefa do comunicador: “falar à toda a pessoa”. Por isso, Francisco pediu para evitar os que são os pecados dos meios de comunicação: a desinformação, a calúnia e a difamação. A esse respeito esclareceu que a desinformação “empurra a dizer a metade das coisas, e isso leva a não poder fazer-se um juízo preciso da realidade”. Uma comunicação autêntica – destacou – não está preocupada em bater: a alternância entre alarmismo catastrófico e desconexão reconfortante, dois extremos que continuamente vemos propostos na comunicação de hoje, “não é um bom serviço que os meios podem oferecer às pessoas”. é preciso falar às pessoas em seu conjunto: à sua mente e ao seu coração, “para que saibam ver além do imediato, além de um presente que corre o risco de ser esquecido e temido futuro”.
A comunicação não é apanágio da Comunicação Social, é de todos nós! Sejamos positivos na forma de olhar, de ver, de dizer, de viver, de forma a que o bem, as boas atitudes sejam sempre vistas em primeiro lugar.

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