sexta-feira, 27 de março de 2015

PERDÃO E MISERICÓRDIA



Muitas vezes nem sequer pensamos, mas Jesus é todo misericórdia e perdão, o que quer dizer AMOR, pois quem está sempre disposto a perdoar é porque AMA, Ama muito!
E por muito tristes que estejamos, se alguém nos disser, convictamente: Jesus ama-te! esta frase curtinha bastará para dar uma volta de 180 graus à nossa vida!
Ninguém poderá amar se não se souber e sentir amado!
Há situações em que as pessoas se desviam do Sacramento da Penitência, Confissão, Reconciliação ou Misericórdia, como queiramos chamar, por causa dos ministros desse Sacramento! Sabemos que, como homens, estão sujeitos a errar, mas num caso destes não deviam. Conheço pessoas marcadas por más vivências da Confissão que não são capazes de se abeirar do sacramento. Rezemos pelos sacerdotes, como é nosso dever!
O Papa Francisco tem dito coisas maravilhosas acerca do perdão e da reconciliação. Vejamos:
“Os sacramentos são o lugar da intimidade e da ternura de Deus para os homens, são a forma concreta que Deus pensa para vir até nós, para abraçar-nos, sem ter vergonha de nós e dos nossos limites. Entre os sacramentos, com certeza o da reconciliação faz palpável com especial eficácia o rosto misericordioso de Deus, “o materializa e o manifesta continuamente, sem descanso”. Da mesma forma não existe nenhum pecado que Deus não possa perdoar. “Só aquele que se distancia da misericórdia que não pode ser perdoado, como aquele que se afasta do sol não pode ser iluminado nem aquecido”.
Assim, à luz deste "maravilhoso dom de Deus", devemos "viver o sacramento como meio para educar à misericórdia", "deixar-se educar pelo que celebramos”, “cuidar o olhar sobrenatural”.
"Viver o sacramento como meio para educar na misericórdia, significa ajudar os nossos irmãos a fazer a experiência de paz e de compreensão, humana e cristã". A confissão não deve ser uma "tortura", mas que todos deveriam sair do confessionário com a felicidade no coração, com o rosto radiante de esperança, embora, às vezes, também banhado em lágrimas de conversão e da alegria derivada. Além disso, o Sacramento "não implica que ele se torne um interrogatório pesado, chato e invasivo". Pelo contrário, "deve ser um encontro libertador e rico de humanidade, através do qual poder educar na misericórdia, que não exclui, mas que compreende também o justo compromisso de reparar, na medida do possível, o mal cometido”. Neste ponto, muitas vezes se confunde a misericórdia com ser confessores bonachões. “Nem confessores bonachões, nem confessores rígidos são misericordiosos”. O confessor misericordioso “te escuta, te perdoa, mas te sustenta e te acompanha, porque a conversão sim, começa – talvez – hoje, mas deve continuar com a perseverança... te segura consigo, como Bom Pastor que vai em busca da ovelha perdida e a carrega”.
Os confessores que se deixem educar pelo sacramento da reconciliação. “Quantas vezes acontece escutar confissões que nos edificam!” Da mesma forma muitas vezes acontecem “verdadeiros milagres de conversão”. Pessoas que há meses, ano, estão sob o domínio do pecado e que, como o filho pródigo, voltam a si mesmos e decidem levantar-se de novo e voltar à casa do Pai para implorar o perdão.
Podem aprender muito da conversão e do arrependimento destes irmãos. “Eles nos motivam a fazer, também nós, um exame de consciência: ‘Eu, sacerdote, amo assim o Senhor, que me fez ministro da sua misericórdia?’. ‘Eu, confessor, estou disposto à mudança, à conversão, como este penitente, ao qual fui colocado a seu serviço?’”
"Quando se ouvem as confissões sacramentais dos fieis, é preciso ter sempre o olhar interior dirigido ao Céu, ao sobrenatural”. Dessa forma, devem reavivar a consciência de que ninguém foi colocado nesse ministério por méritos próprios, nem pelas capacidades teológicas ou jurídicas, nem pelo trato humano ou psicológico.
"Todos fomos feitos ministros da reconciliação por pura graça de Deus, gratuitamente e por amor, e mais ainda, precisamente por misericórdia". "Somos ministros da misericórdia graças a misericórdia de Deus, nunca devemos perder este olhar sobrenatural, que nos faz verdadeiramente humildes, acolhedores e misericordiosos com o irmão e irmã que pede confissão”. O momento da escuta da administração do sacramento deve ser sobrenatural “escutar de forma sobrenatural, de forma divina; respeitoso com a dignidade e as histórias pessoais de cada um, para que possa compreender o que Deus quer para ele ou para ela”.
"O maior pecador que vem diante de Deus para pedir perdão é "solo sagrado", e também eu, que tenho que perdoá-lo em nome de Deus, posso fazer coisas piores que ele”. Cada fiel penitente que vai se confessar é solo sagrado, terra sagrada para cultivar com dedicação, cuidado e atenção pastoral.”
Mais palavras para quê?
Rezemos pelos sacerdotes... e pelas pessoas que não conseguem, por alguma razão, abeirar-se do sacerdote, confessor em nome de Jesus!

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