O Cordeiro… é Jesus! O Cordeiro Imaculado que tudo fez por nós, até aceitar todas as maldades que Lhe fizeram e dar a última gota de sangue, pregado numa Cruz, da forma mais horrível que se possa imaginar.
As Núpcias do Cordeiro
aconteceram na Incarnação de Jesus, na Sua União com a Sua Igreja, mas podem
ser experimentadas muitas vezes neste mundo quando tivermos um encontro muito
profundo com Ele, com Jesus, numa Confissão, numa Direção Espiritual, numa qualquer
Celebração ou Adoração Eucarística, numa Eucaristia, num Encontro Bíblico, em
tantos encontros que se fazem no desejo de unir o mais intimamente possível as
pessoas a Jesus, mas o maior encontro direto com Ele será quando formos
chamados deste mundo, quando o nosso corpo morrer, deixar de existir. Aí, sim,
celebrar-se-ão as verdadeiras Núpcias que não acabarão mais!
Daí… na caminhada da
vida… temos de ter o maior cuidado em escutar a voz de Deus e seguir as Suas
intuições, para não chegarmos à Sala do Festim com a veste manchada, porque
isso Ele não aceita.
Poderá haver quem, por
isso, O chame de mau… mas não! Deus é Amor e Bondade Infinita! Ele, que é Omnipresente,
nunca nos deixa sós; é Omnipotente, fará tudo quanto for melhor para nós, assim
nos entreguemos inteiros a Ele; é Omnisciente, conhece-nos melhor do que nós
mesmos, façamos o que fizermos, nunca será possível mentir-Lhe, porque nada Lhe
passa despercebido! E isto, com católicos ou não católicos, cristãos ou não
cristãos, Deus, a Trindade Santíssima, ama da mesma forma toda a humanidade. Os
católicos e outros cristãos têm a obrigação de ser apóstolos, isto é, de O darem
a conhecer, acima de tudo pelos comportamentos da vida.
Decidi partilhar o
texto que segue bem elucidativo para dar complemento a algo que eu não consiga
discernir:
«São
Gregório Magno (c. 540-604)
papa,
doutor da Igreja
Homilias
sobre o Evangelho, n.º 38
«Felizes
os convidados para as núpcias do Cordeiro» (Ap 19,9)
Compreendestes
quem é o Rei, Pai de um Filho que também é Rei? É Aquele acerca de quem o salmista
pedia: «Ó Deus, dai o vosso juízo ao Rei e a vossa justiça ao Filho do Rei»
(71,1). [...] Ele «preparou um banquete nupcial para o seu filho»; ou seja, o
Pai celebra as núpcias do Rei seu Filho, a união da Igreja com Ele, no mistério
da encarnação. E o seio da Virgem Maria foi o quarto nupcial deste Esposo. Por
isso, há outro salmo que diz: «Do sol fez a sua tenda, Ele mesmo é como um
esposo que sai do seu pavilhão de núpcias» (18,5-6). [...]
Ele mandou
os servos convidar os amigos para esta boda. Enviou-os uma vez, e depois outra
vez, ou seja, primeiro os profetas, depois os apóstolos, a anunciar a
encarnação do Senhor. [...] Pelos profetas, anunciou como futura a encarnação
do seu Filho único, pelos apóstolos pregou-a, depois de realizada.
«Mas eles,
sem fazerem caso, foram um para o seu campo e outro para o seu negócio»: ir
para o campo consiste em prestar atenção exclusivamente às tarefas deste mundo;
ir para o negócio consiste em procurar avidamente o próprio lucro nos negócios
deste mundo. Um e outro esquecem o mistério da encarnação, não conformando a
sua vida com ele. [...] Mais grave ainda é o caso daqueles que, não se
contentando em desprezar os favores daquele que os chama, ainda O perseguem.
[...] Mas o Senhor não ficará com lugares vazios no festim das núpcias do Rei
seu Filho. Manda procurar outros convivas, porque a Palavra de Deus,
permanecendo embora ainda ignorada por muitos, encontrará um dia onde repousar.
[...]
E vós,
irmãos, que pela graça de Deus já entrastes na sala do festim, isto é, na Santa
Igreja, examinai-vos atentamente, não vá acontecer que, ao entrar, o Rei
encontre algum reparo a fazer na veste da vossa alma.»
Fico completamente
inerte, parada, sem saber o que pensar perante tudo isto… em que creio… mas só
um dia hei-de perceber plenamente!
Neste fim de semana,
não esqueçamos os Missionários, e que também temos de ser missionários nos
nossos meios ambientes.
Rezemos... oremos... oremos...
Que Deus nos ajude e
Santa Teresinha nos proteja!
Hermínia Nadais
Sem comentários:
Enviar um comentário