Claro que urge lutar! E lutar sem desfalecer! Mas… É muito difícil. A vida tem momentos em que nos olhamos e parece nem nos conhecermos, de tão diferentes nos vermos. Momentos em que tudo nos parece torcido, o que nos alegrava deixa-nos confusos, e chegamos a pensar que Deus não está connosco como estava.
Os momentos de oração
parecem desaparecer, e nem sabemos o que fazer para nos suportarmos de pé como
devemos!
São os altos e baixos
da vida que nos fazem sentir assim, penso eu!
Não fiz nada para que
isto me acontecesse, mas está a acontecer.
Até, quando, meu Rei e
Senhor! Tu saberás até quando! Só Te peço que não me deixes sucumbir.
São João
Crisóstomo (c. 345-407)
presbítero
de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia 11
sobre a 2.ª Carta aos Coríntios, 2-3
«Tudo isto
veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos»
«Cristo
confiou-nos o ministério da reconciliação» (2Cor 5,18). São Paulo faz ressaltar
assim a grandeza dos apóstolos, mostrando-nos que ministério nos foi confiado
e, simultaneamente, manifestando o tipo de amor com que Deus nos amou. Depois
de os homens se terem recusado a escutar Aquele que Ele lhes tinha enviado,
Deus não fez estalar a sua cólera, nem os rejeitou, antes persistiu em os
chamar, por Si mesmo e através dos apóstolos. Quem poderá deixar de admirar
semelhante solicitude?
Silenciaram
o Filho, que veio para os reconciliar, o Filho único da mesma natureza do Pai.
Mas o Pai não Se afastou dos assassinos, nem disse: «Enviei-lhes o meu Filho e,
além de não O escutarem, entregaram-no à morte e crucificaram-no; de agora em
diante é justo que Eu os abandone». Fez o contrário: quando Cristo deixou este
mundo, nós, os seus ministros, ficámos encarregados de O substituir. «Pois Deus
reconciliou o mundo consigo, em Cristo, e confiou-nos o ministério da
reconciliação» (2Cor 5,19).
Este amor
ultrapassa toda a palavra e toda a inteligência! Quem foi insultado? Ele mesmo,
Deus. Quem deu o primeiro passo para a reconciliação? Foi Ele. […] Com efeito,
se Deus tivesse querido pedir-nos contas, estaríamos perdidos, visto que «todos
estávamos mortos» (2Cor 5,14). Apesar do grande número dos nossos pecados, Ele
não nos atingiu com a sua vingança mas, mais uma vez, reconciliou-Se connosco;
não satisfeito em ter revogado a nossa dívida, considerou-a como nada. Assim
devemos nós perdoar aos nossos inimigos, se quisermos obter para nós este
perdão magnânimo: «Ele confiou-nos o ministério da reconciliação».
Reconciliar-me… comigo…
para me poder reconciliar com Deus e com tudo e todos fazendo de todo a Sua
Divina vontade.
Não sei muito bem como
conseguir, mas o Divino Espírito Santo me ajudará. A Mãe Maria me prestará o
seu auxílio, e o Senhor não me vai abandonar nesta amargura, depois de tantas
vezes me entregar a Ele em tantos… tantos e tão diferentes momentos!
Que quererá Ele que eu
faça? Em que quererá que eu mude? A vida é uma caminhada permanente, espero que
me mostre o caminho para o bem de toda a humanidade, que é o que mais desejo na
vida!
Boa noite!
Hermínia Nadais
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