A maior parte das vezes nem sequer o pensamos mas Deus nunca nos deixa sós. E se estivermos um pouquinho atentos apercebemo-nos da Sua presença. E nem sempre está de acordo com o que fazemos, por isso, quando algo não correr conforme o que tínhamos pensado, teremos de aceitar, pedir desculpa e questionar o que deveríamos ter feito.
Claro que o Senhor não
nos fala, mas interiormente dá-nos a ideia de como deveremos proceder.
A vida é uma caminhada,
e é aos pouquinhos que vamos descobrindo
o qye Deus vai fazendi com cada um ou uma de nós.
«Beato
Columba Marmion (1858-1923)
Abade «A
oração monástica»
Felizes os
servos fiéis!
Quando se
mantém habitualmente, com fidelidade, o sentimento da presença de Deus, o ardor
do amor torna-se constante; «todas as nossas atividades», incluindo as mais
vulgares, não só passam a estar «imunes a toda a mancha» (Regra de São Bento,
cap. iv), mas são elevadas a um nível sobrenatural; toda a nossa vida passa a
irradiar uma claridade celeste, cheia da doçura que «desce do Pai das luzes» (Joc
1,17), e que é o segredo da nossa força e da nossa alegria.
O hábito
da presença de Deus dispõe a alma para as visitas divinas. Acontece -- e, a
certas almas, acontece com frequência -- experimentar-se, a despeito da boa
vontade, uma real dificuldade em fazer oração à hora marcada; a fadiga, o sono,
uma má disposição, as distrações, tudo isso contraria os melhores esforços, e
chegam a secura e a aridez espirituais. Apesar disso, deve a alma permanecer
fiel e fazer o que pode para se deixar ficar ao pé do Senhor, ainda que esteja
desprovida de impulso e de fervor sensível: «Estou sempre contigo, tu tomaste a
minha mão direita» (Sl 72,23); Deus mostrar-Se-á noutra altura. Digamos acerca
destas visitas do Senhor aquilo que a Escritura proclama sobre o seu
aparecimento no termo da nossa existência: «Não sabeis a que horas virá o
Senhor» (Mt 24,42).
Se
vivermos sempre, seja na cela, no claustro, no jardim ou no refeitório,
recolhidos na presença divina, Nosso Senhor virá, a Trindade virá, com as mãos
cheias de luz, com aquela claridade que nos invade até ao fundo de nós próprios
e que tem por vezes uma repercussão considerável na nossa vida interior.
Sejamos, pois, pelo nosso recolhimento, «como homens que esperam o seu senhor»;
e o Senhor, encontrando-nos despertos, nos fará entrar com Ele na sala do
banquete.»
Estes conselhos têm de
ser aceites e colocados na vida, que nunca saberemos quando terá o seu fim!
Aproveitemos todos os
segundos para amar a Deus e aps irmãos, que é o que nos é pedido. Boa noite!
Hermínia Nadais
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