“«Felizes os convidados para as núpcias do Cordeiro» (Ap 19,9)
Compreendestes
quem é o Rei, Pai de um Filho que também é Rei? É Aquele acerca de quem o
salmista pedia: «Ó Deus, dai o vosso juízo ao Rei e a vossa justiça ao Filho do
Rei» (71,1). [...] Ele «preparou um banquete nupcial para o seu filho»; ou
seja, o Pai celebra as núpcias do Rei seu Filho, a união da Igreja com Ele, no
mistério da encarnação. E o seio da Virgem Maria foi o quarto nupcial deste
Esposo. Por isso, há outro salmo que diz: «Do sol fez a sua tenda, Ele mesmo é
como um esposo que sai do seu pavilhão de núpcias» (18,5-6). [...]
Ele mandou
os servos convidar os amigos para esta boda. Enviou-os uma vez, e depois outra
vez, ou seja, primeiro os profetas, depois os apóstolos, a anunciar a
encarnação do Senhor. [...] Pelos profetas, anunciou como futura a encarnação
do seu Filho único, pelos apóstolos pregou-a, depois de realizada.
«Mas eles, sem fazerem caso, foram um para o seu campo e outro para o seu negócio»: ir para o campo consiste em prestar atenção exclusivamente às tarefas deste mundo; ir para o negócio consiste em procurar avidamente o próprio lucro nos negócios deste mundo. Um e outro esquecem o mistério da encarnação, não conformando a sua vida com ele. [...] Mais grave ainda é o caso daqueles que, não se contentando em desprezar os favores daquele que os chama, ainda O perseguem. [...] Mas o Senhor não ficará com lugares vazios no festim das núpcias do Rei seu Filho. Manda procurar outros convivas, porque a Palavra de Deus, permanecendo embora ainda ignorada por muitos, encontrará um dia onde repousar. [...]
E vós,
irmãos, que pela graça de Deus já entrastes na sala do festim, isto é, na Santa
Igreja, examinai-vos atentamente, não vá acontecer que, ao entrar, o Rei
encontre algum reparo a fazer na veste da vossa alma.”
A veste nupcial, a
alma na graça de Deus que é como devemos viver sempre evitando pecados graves e
menos graves, embora nunca deixemos de ser pecadores podemos evitar pecar.
Ói Gente querida! Esta
explicação encheu-me o coração da vida de tal forma que me não canso de a ler.
Oxalá gosteis também!
Hermínia Nadais
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