domingo, 14 de abril de 2013
CAMINHAR SOBRE AS ONDAS!
O
caminho… mas eu não sei o que é o caminho!...
Talvez…
fisicamente falando… seja uma amálgama de linhas retas e curvas, de terreno
plano, de escarpas, de covas profundas, e de muitas… muitas encruzilhadas!
Durante
um único dia, tenho ocasiões em que, tal como o estado do tempo muda com uma
facilidade enorme, eu mudo também. Tanto estou com uma grande satisfação como,
de repente, fico com uma enorme tristeza e amargura. Uma vezes sei de onde vem;
outras, por mais que me esforce, não percebo porque isso me acontece.
Mas ao falar
com outras pessoas sobre o assunto verifico que, umas mais que outras, todas as
pessoas, indefinidamente, sofrem do mesmo mal.
É um
familiar doente ou desempregado, um amigo ou amiga que está triste, uma família
com dificuldades de entendimento, falta de agasalho e pão, um acidente ou
incidente que amargura mesmo não conhecendo os lesados!...
O espírito
Santo deste Pai comum que nos deu Jesus Cristo como o melhor dos irmãos…
leva-me(nos) a ter este modo de ser e de pensar.
Eu
poderia mudar… mas não posso… este comportamento faz parte de mim!
E
também não quero mudar!
Mesmo
preocupando-me por demais, vou mantendo a minha postura o mais inalterável
possível, sem deixar de procurar a todo o instante formas de socorrer quem
necessita, quando mais não for, através da oração!
Mas só esta
preocupação… e o estar presente quando vêm ao nosso encontro… não chega!... Eu
sei que é preciso muito mais!...
Há dias…
numa conversa de grupo… mostrei a minha dificuldade em ir ao encontro de alguém
que necessita mas não consegue pedir ajuda, e uma amiga voltou-se imediatamente
para mim e disse-me que eu tinha falta de amor… se não… corria ao encontro fosse
de quem fosse sem olhar a medos ou constrangimentos!
Senti-me
uma pessoa tão pequenininha… muito pequenina mesmo!
Magoaste-me,
respondi!
Não…
Não te magoei! É a verdade!
Eu… fiquei
a pensar!
Nos
evangelhos desta semana… aparece-me Pedro, nu, na barca, e que veste a túnica e
se atira à água para ir ao encontro de Jesus… e Jesus caminhando sobre as águas
para ir ao encontro dos discípulos… e Jesus perguntando três vezes a Pedro:
Amas-Me?
Pedro
estava nu na barca… tal como eu no meu grupo onde a minha amiga me alertou para
a minha nódoa – o não ter coragem de ir ao encontro! Perante a sociedade eu
ando como o Pedro de túnica vestida e ninguém consegue descortinar-me tal como
sou!…
Mas no
grupo, não! Estou sem roupa! Não é possível enganar ninguém!
Tal
como foi ao encontro de Pedro, Jesus vem ao meu encontro para me segurar a mão
e me alimentar e encorajar na caminhada… caminhando sobre as águas, as águas
que lavam, que purificam!
Jesus
vem sobre as águas porque é puro, não necessita de mergulhar nas águas como eu
preciso porque está limpo, não tem manchas como eu tenho; Pedro também corre
sobre as águas porque vai ao encontro de Jesus Misericordioso, a força e o guia
seguro para ele poder caminhar!
Oiço no
fundo do coração a voz de Jesus a perguntar-me: amas-Me?
E eu
não sei que Lhe responder! Tenho muita vergonha de mim, mas não sei se amo
Jesus!...
Para
amar Jesus tenho que amar os irmãos até ter a força e coragem necessária para ir
ao seu encontro quando precisarem de mim… e por mais que me esforce não sou
capaz de, sem que mo solicitem, largar as amarras e partir ao encontro.
Quantas
pessoas eu poderia ter ajudado se não fossem as amarras do medo do ridículo, do
respeito humano, das críticas, do esforço, do sair do meu espaço!!!...
Não
sei! Ando a meditar!
E
porque nunca é tarde para aprender… e crescer… vou pensar no que poderei fazer
e pedir a Jesus que me ajude a caminhar… porque… nunca saberemos como é o
caminho antes de o percorrermos, pois o caminho faz-se caminhando!
Que pelas
mãos fortes e delicadas de Jesus, eu consiga começar a caminhar melhor sobre as
águas tumultuosas do imenso mar da vida!
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