quarta-feira, 17 de abril de 2013

ENCONTRAR JESUS CRISTO!




As ânsias desmesuradas de bem viver e as correrias da vida vão-nos distanciando do que é realmente essencial, o encontro com Cristo vivo!

As pessoas ligadas à Igreja e a frequentar as igrejas, mas sem um conhecimento aprofundado das verdades do Evangelho acabam por, sem querer, deturpar essa verdade!

O Evangelho é para ser conhecido, sim, mas acima de tudo vivido, pois é na sua vivência cada vez mais profunda que se consegue ir descobrindo, aos pouquinhos, o que, na realidade, Jesus Cristo quer e espera dos homens!

As calamidades que caem sobre certas regiões do mundo, os atentados, as incompreensões entre governantes, as doenças, o apego exagerado ao dinheiro, riquezas e honrarias que acabam por vitimar muitas pessoas inocentes não são desejadas por Deus, acontecem porque a Natureza que Deus criou é livre nas suas leis… e os homens, também criaturas de Deus, receberam do Seu criador a liberdade de poderem escolher os seus próprios caminhos que muitas vezes não são os melhores!

O Concílio Vaticano II decorreu há cinquenta anos! Muitas mudanças já foram efetuadas… mas ainda há muito caminho a percorrer, tanto para a Hierarquia da Igreja como para os Religiosos, Missionários e Leigos.

A hierarquia da Igreja além de se inteirar mais adequadamente dos problemas sociais das diversas comunidades, talvez tenha de procurar, dentro dessas mesmas comunidades, mais pessoas que possam disponibilizar-se para colaborar com a Hierarquia da Igreja, de modo que não sejam as mesmas pessoas a ocupar muitos cargos necessários, pois como diz o velho ditado, “quem toca muitos buros algum acaba por ficar para trás”, e na Igreja isso não pode acontecer. Na Igreja, que somos todos nós, crentes e batizados, todos os colaboradores e colaboradoras, façam o que fizerem, têm que ser ativos, coerentes e responsáveis.

Sem sombra de dúvida, foi obra e graça do Divino Espírito Santo o Papa emérito, Bento XVI, ter proclamado o Ano da Fé.

No nosso tempo a crise de Fé é muito profunda: nuns porque frequentam as igrejas, rotineiramente, como no antes Concílio, sem a devida preparação nem a consequente correção de vida; outros, porque não aceitam ver e sentir estas vivências superficiais e se desviam das igrejas; e ainda outros porque, muito adentrados no conhecimento da história universal onde o procedimento da Igreja teve muitas falhas pelas mais variadas razões, não conseguem acreditar, nem sequer em Jesus Cristo, pois veem-nO apenas como um homem revolucionário do Seu tempo e que sofreu por isso, e nada mais.

São maneiras de ver que temos de respeitar, e a única coisa que podemos fazer para modificar estes comportamentos é provar com a nossa vida a realidade da verdadeira Igreja de Jesus Cristo, tal como Ele a pensou e quer, numa total atitude de confiança e Fé alicerçadas no Amor consciente e responsável a Deus e aos Irmãos.

Uma pessoa cristã, se o é de espírito e verdade, não pode contestar nenhum destes comportamentos, pois Jesus Cristo também não contestou!

A Fé em Jesus Cristo é um dom do Espírito Santo de Deus. E a quem foi dado este dom da Fé deve, sim, agradecê-lo a Deus e vivê-lo o melhor possível!

É mais fácil para as pessoas analisar e imitar o que veem… do que realizar o que escutam.

A conclusão a que se chega é que, se as vivências de Fé estão más… é porque não foram bem transmitidas!

Agora… não interessa por culpa de quem! Mas ir ao fundo da questão, para que cada cristão possa assumir a sua quota parte neste desequilíbrio e comece a agir mais de acordo com a sua missão de discípulo amado de Jesus Cristo, que é o que cada cristão é, de verdade. Se todos os homens são seres infinitamente amados por Jesus Cristo, os cristãos, Seus seguidores, mais do que qualquer outros, têm de ter a consciência de que são verdadeiramente amados por Ele e de que têm a missão de ser Suas testemunhas tal como os Apóstolos o foram!

Esta é a missão Pascal dos cristãos, neste Tempo Pascal, tempo de mudança!

Ainda neste contexto tocou-me bastante a mensagem de D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, dia 11, em Fátima, no final da 181ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, onde leu como nota final, e que se destina a todos os cristãos portugueses, impreterivelmente:

“Escuta bem, com toda a atenção, Igreja em Portugal:

— reúne-te à volta de Jesus, aprende a rezar e, com Jesus e como Jesus, vai  com alegria e ousadia sempre renovadas à procura e ao encontro dos teus  filhos e filhas;

— reveste-te sem ostentação nem riquezas, mas com humildade e verdade e com a ternura de Jesus Cristo;

— acolhe e vive o Evangelho como uma graça recebida, transmite-o com amor e fidelidade, e não como um produto para publicitar ou para colocar no  mercado;

— põe todo o esmero a preparar e oferecer, com carinho, verdadeiros itinerários  de iniciação e de formação cristã para crianças, adolescentes jovens e  adultos;

— redobra o teu empenho na preparação dos candidatos ao sacerdócio;

— fica sempre atenta e vigilante e sê persistente em tudo o que diz respeito à  formação permanente dos teus sacerdotes;

— reconhece os consagrados pela riqueza dos seus carismas como membros  ativos e indispensáveis no crescimento e na ação do Povo de Deus;

— cuida também da formação dos fiéis leigos, com especial atenção aos mais  comprometidos na vida da Igreja e da sociedade, e estimula-os a serem  verdadeiros discípulos de Jesus e seus missionários apaixonados e felizes no  coração do mundo;

— vela sempre, com afeto maternal, por todos os teus filhos e filhas, e nunca  deixes que se transformem em meros funcionários, perdendo o ardor e o  primeiro amor”



Cristo, HOMEM, ainda continua e continuará para sempre no mundo representado pelos cristãos que O seguem.

É urgente que os cristãos sejam, de verdade, bons seguidores de Cristo, mostrando minimamente as qualidades de Jesus Cristo a todos os que ainda não O conhecem, para que todos eles possam, com verdade, amor, força de vontade e perseverança, encontrar Jesus Cristo!

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