Cada dia que passa me sinto uma
pessoa mais presa na Eucaristia!
A Igreja de Jesus Cristo vive da
Eucaristia, a Palavra de Deus encarnada no próprio Jesus Cristo feito pão para
alimento dos homens.
No tempo de Jesus… e até há bem
pouco tempo… o pão era o supremo sinal do alimento! Faltar o pão era faltar a
alimentação! O pão era a primeira coisa que as donas de casa punham nas mesas…
o que ainda hoje se conserva em muitas famílias e principalmente nos
restaurantes clássicos!
Tenho imensa pena das pessoas que
não têm Fé na Eucaristia… que é uma oblação completa… uma doação completa… uma união
completa… uma completa ordem de missão e revigoração de vida numa Páscoa
permanente!
Seja o sacerdote, ministro ordenado,
quem for, o Senhor Jesus obedece-lhe humildemente, pois pela sua boca e mãos
nos faz chegar a Sua Palavra para nos mostrar a rota da virtude e a
consubstanciação do pão e do vinho para nos alimentar o querer e a vontade de
prosseguir com Jesus pelos caminhos ásperos e tortuosos da vida.
De certo modo, na Eucaristia, o
sacerdote participa ativamente na missão de Jesus e como que se faz pão para
nos alimentar… e as pessoas que participam na Eucaristia estão a beber na fonte
de todos as graças para também poderem, de certa forma, ter a coragem de ser
pão para alimentar as pessoas com quem convivem no seu dia a dia, nos seus
ambientes naturais, com gestos de ternura, um sorriso, um afago, um beijo ou um
pequeno toque, uma palavras de carinho e encaminhamento nas dificuldades.
Há dias tocou-me, sobremaneira, esta
meditação do Evangelho Quotidiano que passo a referir:
“No
pão da eucaristia recebemos a multiplicação inesgotável dos pães do amor de
Jesus Cristo, que é suficientemente rico para saciar a fome de todos os
séculos, e que procura assim a colocar-nos, também a nós, ao serviço desta
multiplicação dos pães. Os poucos pães de cevada da nossa vida poderão parecer
inúteis, mas o Senhor precisa deles e pede-no-los.
Tal como a própria Igreja, também os sacramentos são fruto do grão de trigo que
morre (Jo 12,24). Para os receber, temos de entrar no movimento de onde eles
provêm. Este movimento consiste em nos perdermos a nós próprios, sem o que não
nos podemos encontrar: «Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder
a sua vida por Mim e pelo Evangelho salvá-la-á» (Mc 8,35). Esta palavra do
Senhor é a fórmula fundamental da vida cristã [...]; a forma característica da
vida cristã vem-lhe da cruz. A abertura cristã ao mundo, tão enaltecida actualmente,
só pode encontrar o seu verdadeiro modelo no lado aberto do Senhor (Jo 19,34),
expressão deste amor radical, que é o único capaz de salvar.
Do lado perfurado de Jesus crucificado saíram sangue e água. O que, à primeira
vista, é sinal de morte, sinal do mais completo fracasso, constitui ao mesmo
tempo um começo novo: o Crucificado ressuscita e não morre. Das profundezas da
morte surgiu a promessa da vida eterna. Por cima da cruz de Jesus Cristo
resplandece já a claridade vitoriosa da manhã de Páscoa. É por isso que viver
com Ele sob o signo da cruz é sinónimo de viver sob a promessa da alegria
pascal.”
Que a Cruz da vida nunca nos embacie os
olhos… mas nos sirva de caminho para uma mudança radical de vida – a Páscoa –
como Jesus sempre nos propõe!
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