terça-feira, 30 de dezembro de 2014

APRESENTAR! TORNAR PRESENTE!



Este domingo, da Sagrada Família, deixou-nos a pensar na Apresentação de Jesus no Templo, quarenta dias depois do Seu nascimento, apresentação feita em obediência à Lei de Moisés que mandava oferecer a Deus o filho primogénito! Desde o Seu nascimento, Jesus não veio revogar leis pois cumpriu-as da forma mais perfeita. Veio, sim, dar-lhes outra vida, outra forma de as olhar!
Apresentar... tornar presente! Pelas mãos de Maria e José, Jesus tornou-Se presente na Casa de Seu Pai, como qualquer outra criança!
No Ângelus de Domingo o Santo Padre disse:
 “Podemos imaginar esta pequena família, em meio a tantas pessoas, nos grandes átrios do templo. Não chamam a atenção, mas não passam despercebidos! Dois anciãos, Simeão e Ana, movidos pelo Espírito Santo, se aproximam e começam a louvar a Deus por esse Menino, no qual reconhecem o Messias, luz das nações e salvação de Israel (cf. Lc 2, 22-38 ). É um momento simples, mas rico de profecia: o encontro entre dois jovens esposos cheios de alegria e de fé pelas graças do Senhor; e dois anciãos, também eles cheios de alegria e de fé pela ação do Espírito. Quem os reúne? Jesus. Jesus os reúne: os jovens e os anciãos. Jesus é Aquele que aproxima as gerações. É a fonte daquele amor que une as famílias e as pessoas, vencendo toda desconfiança, todo isolamento, toda distância.”
Numa época de tantas dificuldades familiares, urge prestar a maior atenção a todos os membros da família, nuclear e alargada! As famílias têm de se esforçar por um verdadeiro entendimento, união, aceitação mútua e partilha de saberes e bens entre avós, pais, filhos, netos, tios, sobrinhos, primos... de modo a conseguirem uma maior estabilidade emocional e  financeira de onde derivará uma consequente maior felicidade.
Mais do que nunca, temos muita necessidade de colocar todos os nossos sentidos num olhar bem atento à Sagrada Família de Nazaré!
O Papa Francisco continua:
“A mensagem que vem da Sagrada Família é primariamente uma mensagem de fé. Na vida familiar de Maria e José, Deus é verdadeiramente o centro, e o é na pessoa de Jesus. Portanto, a Sagrada Família de Nazaré é santa. Por quê? Porque está centrada em Jesus.
Quando pais e filhos respiram juntos essa atmosfera de fé, possuem uma energia que lhes permite enfrentar também provas difíceis, como mostra a experiência da Sagrada Família, por exemplo, no acontecimento da dramática fuga para o Egito. Uma dura prova...
O Menino Jesus com sua mãe Maria e com São José são um ícone familiar simples, mas muito luminoso. A luz que ela ilumina é uma luz de misericórdia e de salvação para o mundo todo, luz de verdade para todo homem, para a família humana e para cada família. Esta luz que vem da Sagrada Família nos encoraja a oferecer calor humano naquelas situações familiares nas quais, por vários motivos, falta a paz, falta a harmonia, falta o perdão.
Que a nossa solidariedade concreta não diminua, particularmente com a família que estiver passando por situações muito difíceis por causa das doenças, da falta de trabalho, das discriminações, da necessidade de emigrar...”
Apresentemo-nos a Deus com os nossos filhos! Apresentemos-Lhe também os restantes familiares, certos de que a estabilidade familiar acaba por estremecer e mesmo quebrar... quando a falta de meios de sobrevivência aflige algum membro da família e especificamente o casal!
A emigração é vista como uma necessidade a que muitos têm de recorrer, mas o casal, homem e mulher, se casaram, foi para viver juntos, porque só juntos poderão alimentar o amor que os une, criar confiança mútua e auto-confiança, satisfazer todas as suas necessidades, e educar convenientemente os filhos pois, quer queiramos ou não acreditar, os filhos precisam do carinho, aconchego, confiança, determinação e exemplo do pai e da mãe!
Rezemos para que os nossos governantes pensem muito bem e atendam as necessidades das famílias, células da sociedade, e para que o Espírito Santo nos oriente e encaminhe e a Sagrada Família de Nazaré nos ajude!

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