sábado, 20 de dezembro de 2014
PREPARAR... MAS COMO?
Preparar os caminhos do
Senhor a ouvir atentamente as palavras de João Baptista e a olhar para dentro
de nós e ver quais os caminhos que temos de aplanar e limpar!
Urge começar pelos
caminhos da consciência para a livrar da sujeira acumulada pelo pecado e
abri-la para os critérios de Deus; depois, rever os caminhos da afectividade “para que essa força poderosa
que temos ame Deus sobre todas as coisas e o próximo, por cima do egoísmo, dos
apegos e das túrbidas ovações pessoais.”
Ter em conta “os caminhos da vontade, para que sempre
escolha na liberdade e no amor o que Deus pede para a nossa felicidade temporal
e para a nossa salvação eterna, embora exija sacrifício, renúncia e meter freio
no capricho e na inconstância. Obrigado, João Batista, por nos lembrar disto
neste tempo do Advento, embora a sua voz nos incomode e atordoe!”
É preciso também
reconhecer que somos maus, que temos de ser bons e nos devemos reconciliar com
Deus. Isto quer dizer que reconhecer o pecado, sentir arrependimento pelo mal
feito e o desejo de reconciliação têm de estar presentes em todos os momentos
da nossa vida!
O Padre António Riviero
diz:
“Se
hoje voltasse este João Batista com esses cabelos, essa palavra afiada e essa
vida, não seria anacrônico? Seria bem recebido, quando não lhe interessa o
dinheiro, nem o bem-estar nem a comodidade nem o prazer nem...? Não tenho a
menor dúvida de que, se hoje voltasse e fundasse cátedra de espartano nas
margens de qualquer rio de um lugar perdido por ai ou num arranha-céus
americano... Seria um eletroímã: todos iriam onde ele estivesse. Porque vendo
bem as coisas, se os homens de hoje buscam algo, é a autenticidade e ele foi
bem autentico; bravura, ele foi bravo; toque divino, ele era um tocado de Deus;
visionário de transcendências divinas, ele era um visionário. Ou talvez eu
esteja errado.”
E continua:
“Reconheço
que sou pecador? Estou arrependido dos meus pecados de pensamento, de palavra,
de obra, de omissão...da minha infância, adolescência, juventude, idade madura
e velhice...dos meus pecados ocultos e desconhecidos? Irei neste Advento ao
sacramento da reconciliação para encontrar-me com esse Padre cheio de
misericórdia e ternura para que me perdoe, me purifique e assim poder chegar
menos indignamente preparado para o santo Natal?”
Pois! Reconciliação! A
reconciliação é uma busca de paz interior! Preocupamo-nos muito com as guerras
e desavenças entre os homens, com muita razão! Mas temos de ter presente que
todas as guerras, antes de o serem com torturas, desavenças e armas, começam
sempre no coração dos homens!
Neste 4º dia de novena
de Natal, olhemo-nos interiormente e façamos tudo o que estiver ao nosso
alcance para podermos viver em paz connosco, com Deus e com os homens, pois só assim
poderemos promover a tão desejada e necessária paz!
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