Como esperar? O que
poderemos sentir ao esperar Jesus?
Cada um terá de responder!
Jesus não é visto nem sentido da mesma forma por todas as pessoas! Nem sequer
pela mesma pessoa! Conforme conseguirmos interiorizar melhor a Palavra de Deus,
os nossos olhos se irão abrindo para realidades novas que antes nunca
imaginaríamos existir! È por isso que a Palavra de Deus é sempre novidade!
Novidade que nos
deslumbra a cada instante! E é tal a profundidade... que não é possível
descrever o que o coração sente! Não há palavras! E ainda que as houvesse, o
nosso relacionamento com Jesus é-nos mais íntimo do que nós mesmos, ou seja,
ninguém o poderia compreender por mais que o explicássemos!
Esperar Jesus é trabalho
de todos os dias! O Advento e Natal é um tempo forte, tempo propício para o
encontro, talvez, quam sabe, para um encontro especial que não acabará mais!
Quando procuramos
avidamente Jesus e desejamos encontrá-l’O,
Ele já está connosco, nós é que não conseguimos perceber! O primeiro passo para
o encontro parte sempre d’Ele. E assim sendo,
quando a nossa vontade se junta á d’Ele,
o encontro é definitivo, pois Ele estará sempre na dianteira a ajudar-nos nas
dificuldades!
Ele é o pão da vida
eterna! Da vida que não tem fim!
Nesta caminhada de vida
e na espera do princípio dessa vida sem fim que começará com a nossa morte,
vamos saciando a fome da Jesus das mais diversas formas, mas principalmente na
Eucaristia!
Aqui uma meditação de Balduino
de Ford:
“«Eu sou o pão da vida,
diz Jesus; quem vem a Mim jamais terá fome e quem acredita em Mim jamais terá
sede» (Jo 6,35). […] Ele exprime assim, por duas vezes, a saciedade eterna onde
já nada falta.
No entanto, a Sabedoria diz: «Aqueles que me comem terão ainda fome e aqueles
que me bebem terão ainda sede» (Sir 24,21). Cristo, que é a Sabedoria de Deus,
não é um alimento para saciar o nosso desejo já no presente, mas para nos fazer
desejar essa saciedade; e quanto mais provarmos a sua doçura, mais estimulado é
o nosso desejo dela. É por isso que aqueles que O tomam como alimento
continuarão a ter fome até alcançarem a saciedade. Mas quando o seu desejo
estiver satisfeito, deixarão de ter fome e sede.
«Aqueles que me comem terão ainda fome.» Esta frase pode compreender-se também
em relação ao mundo futuro, porque na saciedade eterna existe uma espécie de
fome, que não provém da necessidade, mas da felicidade. Aí, a saciedade não
sacia; aí, o desejo não conhece gemidos. Cristo, sempre admirável na sua
beleza, também é sempre desejável, «Ele, que os próprios anjos desejam
contemplar» (1Ped 1,12). Deste modo, mesmo quando O possuímos, desejamo-Lo;
mesmo quando O temos, procuramo-Lo, segundo o que está escrito: «buscai sempre
a sua face» (Sl 104,4). Com efeito, Ele é sempre procurado, Ele que é amado
para ser possuído para sempre.”
Gostei tanto desta
meditação!... Não resisti a partilhar! Esta meditação é uma ajuda muito grande
para quem vive na espera!
Senhor! Vem ao nosso
coração para nos ajudar a ser como Tu queres e nós desejamos!
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