Para mim, aprender era estudar… ouvir… experienciar!
Hoje… que os anos me vão pesando, também me foram ensinando que
aprender é muito mais que isso!
Aprender é viver, pensando muito bem em todos os acontecimentos e
revendo muito bem todas as nossas atitudes de modo a poder averiguar, se foram
ou não as melhores atitudes a ter naquelas circunstâncias exclusivas.
E só depois de aprender a viver deste modo estamos, de facto, no
verdadeiro caminho de aprendizagem.
Aprender como convém, é fazer tudo o que sempre fiz… e tudo quanto
fui aprendendo!...
É, antes e acima de tudo, habituar-se seriamente a tirar lições
para a vida de todos os acontecimentos bons e menos bons, nossos e de quem
connosco se vai cruzando nesta difícil caminhada que a vida é.
Difícil, porque muitas vezes ‘dura’… por demais; mas muito gratificante,
porque nos enche de tudo quanto vamos necessitando para sermos minimamente
felizes, no tempo presente, e num tempo futuro que um dia virá, muitas vezes
bem mais cedo do que pensámos, e para o que devemos estar convenientemente preparados.
Desde bem cedo nos familiarizaram com as leituras bíblicas!
Leituras… disse bem!
Mas Jesus Cristo, Palavra de Deus Encarnada, afirmou claramente
que as leituras bíblicas são para ser compreendidas e incarnadas na vida. Ou
seja: devem poder ser idas e aprendidas ns nossos comportamentos de todos os
dias nos seus minutos e segundos.
Será que já o vamos fazendo?... Ou ainda não tivemos oportunidade
de o compreender e começar a pôr em prática?
Relembro algumas palavras de São Vicente de Paulo num das suas conferências,
em relação ao Novo Testamento, a que devemos dar mais atenção porque mais fácil
de compreender, aceitar e vivenciar :
«»
«Aquele que Deus enviou
diz palavras de Deus, porque Deus dá o Espírito sem medida»
Devemos sentir uma
profunda emoção quando nos fidelizamos à leitura de um capítulo do Novo
Testamento e produzimos os correspondentes atos: adorar a palavra de Deus e a
sua verdade; penetrar nos sentimentos com os quais Nosso Senhor a pronunciou e
aceitar essas verdades; decidir praticá-las. [...] Devemos sobretudo evitar ler
como se estivéssemos simplesmente a estudar, dizendo: «Esta passagem vai
servir-me para esta ou aquela prédica»; pelo contrário, convém-nos ler para o
nosso progresso interior.
Não desanimemos se, depois de lermos a mesma passagem várias vezes, [...] não nos sentimos tocados por ela. Vai acontecer-nos que um dia veremos uma pequena luz, depois outra maior, e outra maior ainda quando tivermos necessidade dela. Uma só palavra é capaz de nos converter; basta uma.
Não desanimemos se, depois de lermos a mesma passagem várias vezes, [...] não nos sentimos tocados por ela. Vai acontecer-nos que um dia veremos uma pequena luz, depois outra maior, e outra maior ainda quando tivermos necessidade dela. Uma só palavra é capaz de nos converter; basta uma.
«»
Basta uma palavra para nos converter, para nos levar a mudar de
atitudes, para nos levar a sermos mais humanos e, consequentemente, melhores
pessoas e melhores cristãos!
Mas… quando e onde… e através de quem… poderemos encontrar ‘essa
palavra’ com força capaz de nos fazer mudar de vida?
Sinceramente, cada um o saberá… ou virá a descobrir… com Deus,
claro, porque sem Ele nada conseguiremos.
Há uns anitos atrás… quando eu até pensava saber muito… e ser muito
activa e interessada em saber mais, frequentando cursos e mais cursos… não
tinha capacidades para afirmar que, realmente, quanto mais leio e medito as
chamadas de Sagradas Escrituras… mais me descubro imensamente ignorante!...
Acho maravilhoso quando, ao ler ou ouvir palavras alusivas a
leituras que quase sei de cor desde a infância, lhes descubro um novo sentido para
mim inimaginável até ali… e que me faz mudar radicalmente a forma de pensar e
agir em muitas situações!...
E não são coisas que acontecem uma vez por outra… são situações
muito correntes nos meus dias!
Sei que sou tida, mesmo pelos familiares mais queridos, como uma
grande ignorante… e sei que o sou em muitas coisas de que não necessito para
ser actualmente feliz, e que de nada me valerão um dia para uma verdadeira
felicidade.
Lamento muto… mas não sei clarificar mais o que penso e sinto!
Mas que tudo… tudo… nos ajuda a aprender… posso afirmar,
categoricamente!
Para todos e todas… um bom final do 1ª de Maio de 2018!
HN
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