terça-feira, 9 de setembro de 2014

ORADORES…. MAS NÃO ISLÂMICOS!



Há dias recebi um email onde na Praça do Rossio em Lisboa um sem número de pessoas estavam ajoelhadas… a rezar, está claro!
Estavam a rezar segundo as crenças deles, do islamismo!
Sem sombra de dúvida, as pessoas têm o direito de acreditar no que acham que devem… e de ser como são!
Mas o respeito pela liberdade religiosa e de expressão é um direito da pessoa humana! Erros… toda a gente comete! Mas há erros… e erros!... Alguns de todo inadmissíveis, como obrigar as pessoas a acreditar no que não conhecem nem estão interessadas, é horrível!
Agora me pergunto? Como ficam os cristãos no meio de tudo isto? De templos vazios e de corações vazios… à espera de quê?
Qual é o exemplo que os cristãos mais assíduos nos templos… dão àqueles cristãos que raras vezes vão aos templos?  Será que a lei do amor é vivida em pleno? Será que a caridade fraterna é uma realidade? Não nos perderemos em críticas mútuas, desnecessárias e descabidas? Talvez sejamos tão egoístas ao ponto de não haver quem acredite em nós… e isso é o pior que pode acontecer, pois as nossas boas atitudes convencem mais e falam melhor do que todas as palavras que possamos proferir.
Jesus deixou-nos um conselho: «Tu, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai»
Jesus não nos mandou rezar nas ruas… mas num lugar bem discreto, em segredo! Em silêncio ou a falar… mas connosco próprios no mais íntimo do nosso ser. Jesus manda-nos fechar no quarto que é o nosso coração e na nossa intimidade rezar ao Senhor! Mas rezar, porque é urgente rezar!
Num dos seus sermões acerca da oração o Beato John Henry Newman diz:
“Aqueles que buscam o Deus invisível buscam-No nos seus corações e nos seus pensamentos secretos, e não nas palavras barulhentas, como se Ele estivesse longe deles. Têm o costume de se retirar para onde não haja olhos humanos que os vejam; para onde, humildes e cheios de fé, podem encontrar Aquele que está «perto do seu caminho, junto do seu leito e vê todas as suas atitudes». E Deus, «que sonda os corações» (Rom 9,27), os recompensará no último dia. A oração feita em segredo, segundo a vontade de Deus, é conservada como um tesouro no seu Livro da Vida (Sl 68,29). Talvez essa oração tenha requerido uma resposta aqui na terra e não a teve? Talvez o próprio que a formulou se tenha esquecido dela e o mundo nunca tenha sabido da sua existência? Mas Deus recorda-a para sempre; e no último dia, quando os livros forem abertos (Dn 7,10; Ap 20,12), essa oração será revelada e recompensada diante do mundo inteiro. […]
Sabemos bem que devemos estar em oração e meditação, em certo sentido, durante todo o dia (Lc 18,1); mas […] devemos rezar de maneiras determinadas a certas horas do dia? […] Mesmo que estas horas e estas fórmulas precisas não sejam absolutamente necessárias à oração privada, constituem uma grande ajuda; ou antes, Nosso Senhor ordena-nos que as façamos quando diz: «Tu, quando orares, entra no quarto mais secreto…». Até Nosso Senhor tinha momentos privilegiados para a comunhão com Deus. Os seus pensamentos eram realmente um contínuo ofício divino oferecido a seu Pai, mas além disso lemos que Ele «Se retirava para a montanha para orar» e que «passou toda a noite a orar a Deus» (Mt 14,23; Lc 6,12).
É preciso insistir neste dever de respeitar momentos precisos para a oração pessoal e privada, porque no meio das preocupações e das tensões da vida temos muitas vezes tendência para negligenciá-la, e este dever é bem mais importante do que habitualmente o consideram mesmo aqueles que o cumprem.”
Que estaremos a fazer da nossa vida?! Será que vamos à igreja e rezamos como Deus quer, para o nosso bem e de toda a humanidade… ou vamos só para que os outros vejam que vamos à igreja e rezamos? Será que conseguimos, minimamente, fazer da nossa vida uma oração?
A Fé Cristã não é veste nem adorno, é um lema de vida, é a própria vida vivida ao jeito de Jesus Cristo no Amor e na Verdade!
Esta é a hora dos cristãos! É hora de acordarmos do sono em que temos vivido! É hora de mostrarmos aos nossos filhos e netos que vale a pena gastar tempo a falar com Deus sobre os nossos problemas e os problemas do mundo, pois Deus está pronto para distribuir graças… mas a nossa obrigação é pedir-lhas! Nenhum pai gosta de filhos preguiçosos… e Deus, que é o melhor dos Pais,  quer que estejamos atentos e operantes!
Que Ele nos ajude!

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