segunda-feira, 7 de outubro de 2013
A DIGNIDADE DA FAMÍLIA
Tal como a vocação consagrada tem um
tempo de preparação muito prolongado e exigente, a vocação matrimonial, tão
digna como a consagrada, necessita de ter uma preparação muito mais cuidada do
que a que lhe tem sido atribuída.
Os pais empenham-se ao máximo para
que os jovens se preparem convenientemente através de estudos ou experiência
tecnológica para o exercício de uma profissão digna e dignificante e para serem
bons amigos e bem vistos na sociedade! E
toda essa azáfama os ocupa por demais, ao ponto de se esquecerem que os jovens
são o futuro não só na vida social ou laboral mas acima de tudo na intimidade
de si mesmos e na vida familiar. Daí que uma adequada preparação para o
Matrimónio, como eles próprios não a tiveram, esteja tão esquecida e abandonada.
A formação académica gasta muitos
anos dos adolescentes e jovens, que saem cedo de casa sob a alçada dos pais
para estudar e nesses estudos na grande maioria das vezes além de perderem o
aconchego familiar ficam sós, à deriva, e acabam por enveredar por caminhos
tortuosos e difíceis de contornar.
A maioria dos pais e mães de família
não têm bem desperta uma vivência profunda da espiritualidade, por isso não são
capazes de passar para os filhos a necessidade dessas vivências, e as atitudes
de interioridade, o bom entendimento e compreensão, a partilha, o olhar o outro
e aceitá-lo como ele é, a sinceridade e solidariedade, o altruísmo e a vivência
do verdadeiro amor consciente, assumido e responsável acabam por ser sofríveis.
Os primeiros mestres na vida têm que
ser os pais. O comportamento dos pais marca indelevelmente para toda a existência
a vida dos filhos.
Com toda a preparação para a vida
como dizem, os anos passam, e os jovens acabam por não ter uma preparação
condigna para o que é mais importante – a vida familiar, célula vida de uma
sociedade, que será sempre o que forem as suas famílias.
Não pode haver distinção entre uma
adequada preparação para a vida, seja ela consagrada ou laical!
Se os consagrados e consagradas
merecem tanta atenção… porque não
darmos maior atenção à constituição das famílias… se sem elas não poderá haver consagrados nem consagradas?!
Maria Santíssima, a nossa Mãe
Querida, a Mãe de Jesus Cristo e por Ele de toda a humanidade, a maior de todos
os seres humanos em todo o tempo, é vista, na sua vida terrena, na simplicidade
de uma família, a Família de Nazaré, onde se rezava e falava de Deus, onde
havia respeito mútuo e mútua fidelidade, onde a simplicidade da vida gerava
vida eterna na dedicação, doação e amor!
Que a Sagrada Família de Nazaré proteja a dignidade das
nossas famílias!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário