A Família, constituída
pela natural união entre o homem e a mulher, que visa o bem comum dos esposos e
dos filhos numa comunhão de vida e de amor, é o suporte da sociedade e faz parte do projeto inicial de Deus que deverá
estar ao serviço da civilização do Amor e da cultura da Vida.
As dificuldades por que a Família está a passar é uma das
principais preocupações e ocupações da Igreja Católica, de outras igrejas
cristãs, de algumas outras religiões presentes no mundo… e de todos os homens e
mulheres de fé.
Não podemos ter ilusões! Constituir Família preservando a
identidade e a missão do homem e da mulher unidos através do matrimónio natural
elevado à dignidade de sacramento por Jesus Cristo, não é fácil. É uma tarefa
árdua e gigantesca que terá de ser assumida com fé e com esperança ou acabará desfeita
como o comprovam tantos divórcios com todos os problemas que daí advém.
Os antigos diziam que “boca que se beijou nunca se odiou”! Os divórcios…
acabam por repartir o coração das pessoas e em vez de lhes dar a tão desejada
liberdade acabam por os fazer infelizes, pois deixam marcas indeléveis nos
esposos e muito mais nos filhos se os houver!
Temos de lutar para não deixar que o individualismo extremo coloque
o egoísmo como novo caminho a ser percorrido pela humanidade e que “vai
apresentando como realidades más tudo o que de bom, de verdadeiro, de justo e
de belo existe na família.”
“A fidelidade conjugal, a paternidade/maternidade, a educação dos
filhos nos valores humanos e religiosos, a participação ativa da família no
mundo da política, do trabalho, da economia, etc...” são valores mal aceites
dentro da cultura egocêntrica em que vivemos, pois em vez de serem considerados
a base da liberdade por respeitarem o “eu” uns dos outros… são considerados ameaças
à liberdade.
O egocentrismo, que leva cada um a pensar somente no seu bem-estar
faz com que a humanidade não seja mais “uma família querida por Deus, mas uma
simples justaposição de homens e de mulheres que se juntam somente para alcançarem
cada um por si mesmo, os seus interesses particulares, em que o outro só valerá
na medida que favorecer os interesses egoístas como sejam poder, bens
materiais, prazeres… pois quando é preciso algum sacrifício para manter a
unidade… é logo razão para ir cada um para seu lado.
A família, o casamento, o amor entre o homem e a mulher, os
filhos, têm que ser ideais de vida e objetivos realizadores da digníssima vocação
matrimonial.
Ainda há muitas famílias dentro desta sociedade egocêntrica que têm
a ciência e a consciência da responsabilidade assumida diante de Deus, da
Igreja e do mundo, exemplos a seguir, luzes da fé e esperança cristãs, que agem
com justiça social sem mentira nem deformação e lutam pela sobrevivência de
toda a humanidade.
Temos de respeitar as “caricaturas” de
família, tanto as novas uniões ideologizadas como os atentados contra a vida
humana em todas as idades e mesmo a coisificação do amor, pois as pessoas são
livres de viverem como entendem e ainda assim serem respeitadas, pois todos são
filhos de Deus que ama a todos infinitamente. Mas temos de convir que são
autênticos atentados à Família e fracassos humanos.
Toda a Família, os pais, os filhos, os avós, os netos os tios, os sobrinhos,
os primos… devem manter-se unidos para que juntos sirvam aos planos divinos e garantam a preservação da Humanidade. 
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