Nos
tempos idos, sem o desenvolvimento cultural que hoje existe, em muitas
situações o casal governava a vida na agricultura em que homem e mulher trabalhavam
juntos e os filhos logo nos primeiros anos de vida se juntavam a eles a
trabalhar nos campos e a lidar com culturas agrícolas e com animais… ou pouco tempo depois
em que normalmente o homem saía a trabalhar nas pequenas fábricas e a mulher
passava o tempo em casa, hortas e campos tratando apenas das lides domésticas e
dos filhos, aos domingos participava-se na missa e de tarde na reza comunitária
do terço nas igrejas com o pároco a dirigir a oração, não havia os contatos que
hoje existem entre homens e mulheres… as pessoas habituavam-se a trabalhar desde
bem cedo, não havia o bem-estar que hoje existe e o perigo de traição matrimonial
era menor do que agora. Os jovens aprendiam com os pais e vizinhos as regras do
bom viver, sem influências da vida escolar nomeadamente a universitária, e sem
influências da comunicação social que hoje nos entra pela casa dentro com tudo
quanto há de bom e mau… mas sempre com um jeitinho especial de dar maior ênfase
ao que está errado por uma questão de audiências. Então, os jovens debatiam-se
com as dificuldades da falta de conforto da família e sonhavam com formar uma
família com melhores condições económicas logo que possível. Daí prepararem
cedo o Matrimónio, que era mesmo o Sacramento do Matrimónio, pois desconheciam as
outras formas de constituir família que hoje existem e arrastam para si uma imensidão
de jovens.
Tanto
os homens como as mulheres dedicavam-se à família, e havia tarefas definidas
para homens e mulheres, os homens trabalhavam fora a as mulheres nas lides
caseiras, e ai do homem que andasse com os filhos ao colo ou com a mão cheia de
couves para ajudar a mulher a fazer a sopa… pois era logo apelidado de maricas.
Este
tipo de comportamento já não faz sentido. As coisas mudaram… e agora os homens
e mulheres trabalham fora de casa e tanto o homem como a mulher têm que trabalhar
em casa, se não passa um a ser escravo do outro.
Os
jovens hoje não têm pressa de sair da casa dos pais onde têm todo o conforto… pois
os pais não querem que os filhos sofram em jovens o que eles sofreram… e
afagam-lhes as vidas… e isto… e o terem de estudar até muito tarde para tirarem
os cursos necessários para a vida laboral… e
ainda a falta de emprego que lhes forneça o necessário para um projeto
de vida a dois mais os filhos… faz com que a decisão de constituir família se
faça muito mais tarde, com todos os inconvenientes que daí adveem.
E
depois… são oferecidas aos jovens inúmeras formas de constituir famílias… para
quê escolher o Sacramento do Matrimónio… com todas aquelas burocracias e responsabilidades?
Jesus Cristo e a Sua doutrina não estão devidamente conhecidos…Jesus Cristo não
é apresentado convenientemente às crianças e jovens, pelo que não é devidamente
conhecido e amado, a enorme maioria dos jovens não vive
com Ele pelo que o AMOR verdadeiro e profundo, que os jovens não conhecem… é
trocado pela lei do usa e deita fora, que os atrai mais mas não mora no Sacramento
do Matrimónio.
Dizermos
que a enorme maioria dos jovens de hoje não estão preparados para assumir uma
relação estável… talvez seja errado! Mas que os corações juvenis têm que ser
mais cuidados pelos educadores é um facto incontestável!
Há
muito a rever nesta matéria! Que o Espírito Santo nos seja presente, nos
fortaleça e nos ajude a ajudarmos os nossos jovens para o bem do futuro da
Humanidade, e que Maria Santíssima nos proteja e ampare!
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