Ser pessoa é
desenvolver ao máximo todas as capacidades de que tenhamos sido dotados, com
atenção, vontade e sinceridade. Todas as pessoas precisam de ser reconhecidas
como importantes e de ter o seu espaço para se sentirem ali à vontade… sem
máscaras, ou seja, de poderem, nesse espaço, ser realmente tal qual são, com os seus jeitos
próprios bons ou menos bons. Este espaço de libertação é imprescindível a
qualquer vida, pois sem ele a pessoa entra em depressão e stress. Esse espaço é
a casa da família que deve ser muito bem constituída, sempre, durante toda a
vida! O casal que não conseguir continuar a namorar depois de casado… está
condenado ao fracasso!
Daí a enorme
importância dos jovens se prepararem muito bem para uma vida em comum, pois é
na família que tem que existir esse espaço ou local onde eu posso ser como sou
e ainda assim me sentir apreciado, amado, querido. O tempo de namoro é para
vermos se realmente aceitamos o outro, se somos capazes de viver com o outro
como ele é, e, neste contexto, de sermos muito verdadeiros com o outro para que
ele possa verificar se pode ou não viver connosco assim como nós somos. Isto de
pensar que depois do casamento somos capazes de modificar o outro de modo a que
nos sintamos bem é a maior das utopias e a razão de tantos divórcios. A sexualidade
do namoro é essa, eu estudar-me a mim mesmo para me mostrar ao outro tal qual
sou… e o outro estudar-se muito bem a si mesmo para se mostrar a mim tal qual é…
pois cada um tem de averiguar se poderá ou não ter capacidade de fazer o outro
feliz e de ser minimamente feliz com o outro. Sim, porque o casamento não é
para que o outro nos faça felizes, mas para que nos sintamos felizes fazendo
tudo para a felicidade do outro, e com ele, de mãos dadas, com o auxílio de
Jesus Cristo/Deus nos aperfeiçoarmos juntos e criarmos os filhos, dádivas de
Deus, juntos.
Quando
dizemos dar tudo… é tudo! Carinho, ternura, dedicação, doação, solidariedade… e
sexo… claro… mas que o sexo não ocupe a posição principal. Que o namoro não
comece pelo sexo… pois se assim acontecer… acabará, mais cedo ou mais tarde por
dar errado. Não deverá haver sexo no namoro… a sexualidade do namoro não tem
nada a ver com sexo, com relações sexuais, mas com estudar o homem e a mulher
com todas as semelhanças e diferenças entre si de modo a poderem viver em
comum, o melhor possível.
E tudo quanto
nos rodeia tem a ver com este estudo: Família, Igreja, Escola, Instituições, Amigos,
Sociedade em geral, e o Estado… O Estado, com a forma como age, tem muito a
ver com a preparação para o Casamento/Matrimónio.
Todo o
homem, na generalidade, tem necessidade de uma crença, de acreditar em algo que
o transcenda, mas também necessita ser livre no respeitante ao que entende
fazer da sua vida… no respeito pelo livre arbítrio dos outros! As pessoas têm o
direito de ser livres nas ideologias políticas e nas crenças religiosas.
Desde sempre
ouvi falar em estados laicos e laicistas… mas nunca me debrucei a sério sobre
essas questões. Agora… sei que há ESTADOS LAICOS e LAICISTAS e
que não podemos fazer confusão, porque Estado laico não é Estado
laicista!
O Estado
Laico não assume nenhuma crença, mas respeita, valoriza e favorece as a dimensão
religiosa na sociedade. Não nega a existência de Deus, antes, “protege a
liberdade de consciência e de crença de seus cidadãos, permitindo a
coexistência de vários credos.”
O falso
Estado Laico tem uma ideologia agnóstica e laicista, ou seja, não aceita convicções
religiosas, antes, pretende impor o seu agnosticismo e ateísmo.
“Há estranhos
Estados de Direito, ditos democráticos e pluralistas, nos quais somente os
ateus e agnósticos têm o direito de falar e modelar as leis segundo os seus próprios
princípios.”
Precisamos
de Estados Laicos, que nos deixem ser quem somos e nos respeitem como tal! E mais
do que nunca… os católicos têm de estar muito atentos aos comportamentos dos
seus políticos, pois é muito fácil passar de um Estado Laico respeitador da
pluralidade de opiniões e crenças ao Estado Laicista de origem ateísta sufocador
da fé e da moral cristã que são as fontes de vida mais libertadoras que o ser
humano pode ter.
Cristãos!
Que nos esforcemos por ser cristãos a sério, ou seja, conhecedores estudantes e
meditadores acérrimos da Doutrina libertadora de Jesus Cristo, seguidores
atentos das Suas pegadas e apaixonados imitadores dos Seus comportamentos e
atitudes! E sejamos cristãos, não só nas igrejas e em locais cristianizados,
mas como missionários de Jesus Cristo, levando-O para todos os nossos ambientes,
nas ruas ou nos hipermercados, no futebol ou no café, em casa ou nos campos ou
fábricas… na alegria sem espalhafatos e na tristeza sem desânimo… fiéis na Fé
assistida pela oração e vida de meditação, contemplação e sacramentos, firmes
na Esperança, atentos e doados às necessidades das pessoas que nos rodeiam
colocando em tudo o Amor de Jesus Cristo, fonte de alegria, compreensão,
aceitação, felicidade e vida plena.
Que
Deus seja louvado!
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