Aparentemente… um
domingo como qualquer outro, mas não! Este marcou-me por demais!
Conforme o costume
dominical decidimos participar na Eucaristia das nove.
A actividade comunitária
parecia mais viva!
A solene procissão de
entrada muito maior que o habitual, com pessoas de todas as idades, sorridentes
e felizes, a colocarem-se bem perto da Pia Batismal!
Chegada a hora aprazada,
três bebés e duas crianças estavam preparados para a celebração do Batismo, ao
que o Sacerdote deu a maior atenção, principalmente às duas mocinhas, dado que
a mais novinha fora ajudada pela mais velha. O Prior evidenciou a sua participação
na Catequese de preparação feita sobretudo nas aulas de Moral… não sei onde…
pois não disse.!
E enfatizou que elas
fizeram o que muitos cristãos não fazem, ir ouvir e aprender a Palavra de Deus.
A participação dos
presentes no evento foi de uma alegria esfusiante, sentia-se profundamente que
estavam ali com o maior carinho, ternura, gosto e prazer.
Chegada o momento da
Consagração o Padre chamou as duas
meninas para junto do altar, dizendo muito convictamente que iam comungar, pois
pelo Batismo estavam totalmente limpas de todo o pecado… mas tinham que ter
cuidado a partir dali, pois se voltassem a errar teriam de recorrer à reconciliação
como é o habitual.
No abraço da paz, toda a
gente queria saudar as meninas, que foram chamadas novamente a ocupar o seu
lugar junto do altar, de onde só saíram no final da distribuição da Sagrada
Comunhão.
O Grupo Coral, como
sempre, cantou e encantou.
No final, o Padre
volta-se para os participantes nos batismos e diz-lhes muito simplesmente: “Vão
ao Paulo para fazer os registos, porque eu não vou poder estar presente!”
Sem fazer qualquer Homilia,
aquele sacerdote, na sua simplicidade habitual, deu uma enormíssima lição de
catequese a todos os paroquianos e pessoas presentes.
Tal como aconselha o
Papa Francisco, em nome de Jesus Cristo como Seu representante na comunidade acolheu
docemente quem o procurou repartindo o que Jesus tinha para dar.
Lembrei as palavras
sábias que ouvi ao Frade Eugénio, irmão Dominicano a viver no estrangeiro faz
tempo, que disse ser muito difícil as pessoas emigradas continuarem a sua vida
cristã como o fazem nas suas terras, pois as dificuldades e distâncias dos
locais de culto são muitas, e acaba por cada um ser cristão o melhor que pode e
sabe, à espera da hora do regresso para retomarem as suas vivências e se tornarem
cada vez melhores cristãos!
Para concluir, vi neste
acontecimento a presença do Evangelho de hoje, a tempestade acalmada por Jesus,
que realça barca da vida da Igreja e a barca da vida de cada um de nós que, frente
às dificuldades, chama por Jesus com a certeza de que só Jesus pode socorrer.
São situações como esta que
nos encham de esperança!
Muitas vezes pensamos
que a prática de alguns sacramentos se faz apenas para a “fotografia”, e até
pode ser… mas não acredito que vivências destas não deixem marcas profundas em
quem as experiencia, marcas que um dia poderão servir de suporte à entrada em rotinas
diárias mais de acordo com a vida interior cheia de amor verdadeiro que é o que
Jesus nos pede, e a Sua e nossa bendita Mãe ajuda a praticar!
Que Deus seja louvado!
Sem comentários:
Enviar um comentário