quarta-feira, 13 de março de 2013
A nossa atitude de filhos!...
Mais uma vez a
Parábola do Pai Misericordioso (Luc. 15,1-32)! O personagem mais importante
nesta parábola é o Pai, que cada filho vê do seu modo, mas ambos de forma
errada: um pelo excesso de rebeldia arrependido pela necessidade e outro pela
obediência egoisticamente cega que não dá conta do sofrimento do Pai pelo
afastamento do irmão nem sente a falta do irmão que considera um desvairado
perante ele, sempre muito certinho, que até se julga com direito a benesses e
tudo!
Esta Parábola diz-nos
muito claramente que o Pai Misericordioso é Deus, que nos é perfeitamente
revelado bem assim como nos comportamos para com Ele.
Ao contar esta
parábola Jesus tinha presentes as pessoas da época, os cobradores de impostos, publicanos
e pecadores, ou seja, os doentes de espírito que vinham escutá-Lo e pedir-Lhe a
cura para os seus males, e os escribas, fariseus e doutores da Lei, homens
religiosos e cumpridores que criticavam as ações de Jesus dizendo que Ele
acolhia os pecadores e comia com eles!
Estas continuam a ser
as imagens representativas das pessoas de hoje! Há quem se aproxime de Jesus nas
igrejas para O ouvir e Lhe pedir perdão. E há quem critique as igrejas porque
têm nelas pessoas pecadoras! Há ainda os que acreditam ser tão bons que não se
podem misturar com os que vão às igrejas que, segundo eles, são piores do que
os que lá não vão!
Tantos enganos
juntos, é de pasmar! As Igrejas Cristãs são santas porque Jesus Cristo é Santo,
mas na verdade, se fossem lugar só de pessoas santas, nem sequer existiriam,
porque todas as pessoas, mais ou menos, são pecadoras… e por isso nas igrejas
não haveria lugar para nenhum de nós que, como pecadores que somos,
necessitamos urgentemente da misericórdia de Cristo. Foi para cada um de nós
que Jesus disse um dia: “Quem de vós não tiver pecado, atire a primeira pedra”
(Jo. 8, 7).
Todas as pessoas precisam
de Jesus Cristo para se reconciliarem com o Pai! Umas vezes somos como o filho
mais novo, pegamos nos dons recebidos de Deus e, premeditada, deliberada e
assumidamente, fazemos toda a espécie de asneiras (pecados graves) com esses
dons, afastando-nos da Casa do Pai na terra, a Igreja, destruindo a nossa
dignidade e identidade de Filhos de Deus Pai; outras vezes somos como o filho
mais velho, pois vamo-nos mantendo externamente por perto das igrejas, mas afastados
de Deus e de nossos irmãos!
Ainda a esta parte, há
os que abandonam a assiduidade às igrejas por se consideram mais “puros” e
“santos” do que os que por lá andam, e vão dizendo sim a Cristo e não à Igreja,
esquecidos de que, se não fosse a Palavra de Deus escutada nas igrejas, todos
seríamos muito piores.
A Igreja, pessoas
ligadas misticamente a Jesus Cristo, é santa porque Jesus Cristo é santo… e é
pecadora porque os homens são pecadores… e é assim que temos de a ver como
partes integrantes dela.
A Parábola do Filho
Pródigo mostra-nos um Pai Misericordioso com dois filhos que O não reconhecem
como Pai, mas ESTE PAI/DEUS, tem um Filho que sempre o reconheceu como Pai,
Jesus Cristo, Aquele que devemos imitar em todas as circunstâncias da nossa
vida.
Na pintura, o Pai Misericordioso
é apresentado com a mão de homem/pai, e a mão de uma mulher/mãe! Deus é o nosso
PAI, e a Igreja de Jesus Cristo é a nossa Mãe, de quem Maria, a Mulher que
Jesus nos deu por Mãe, também é Mãe! Maria é Mãe da Igreja!
Que mistérios insondáveis
esta vida encerra!
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