sábado, 30 de março de 2013
DIA DE REFLEXÃO
Ao dia de
hoje, que medeia a celebração do aniversário da Morte e Ressurreição de Jesus
Cristo, tanto pode chamar-se Sábado de Aleluia como Sábado Santo.
De
qualquer modo, é sempre um tempo de silêncio e reflexão.
Morte é
sempre um fim que normalmente é considerada como o fim da vida terrena ou o fim
da vida da graça; Ressurreição é sempre um princípio, um reviver de novo, um
recomeçar ou reaver algo perdido!
Jesus,
perante a Sua própria essência de Filho de Deus e Deus igual ao Pai, podia ter
ultrapassado todas as regras da Natureza e da convivência humana e escapado à
cruel morte de que foi vítima injustamente, pois Ele nunca fez nada de
verdadeiramente errado, moral e espiritualmente falando. Mas… quanto às regras sociais do Seu meio ambiente natural,
Jesus infligiu as que tinham de ser infligidas!
- As
mulheres eram desconsideradas – Jesus dava o maior carinho e tinha a maior consideração
pelas mulheres;
- Os
pobres e doentes eram marginalizados – Jesus protegia-os e amparava-os
amorosamente;
- Os
cobradores de impostos e outros eram odiados – Jesus comia com eles…
Ao
proceder desta forma, Jesus sabia que afetava os governantes e políticos do Seu
tempo, e que eles não iriam ficar quietos perante as Sua atitudes.
Jesus
sabia que, mais dia, menos dia, a sua forma de ser e estar o ia levar à morte.
Mas como Homem/Deus,
não se escondia do que quer que fosse, falava e agia em pleno dia e à vista de
toda a gente, era totalmente livre, ou seja, era totalmente responsável pelas
Suas ações!
Liberdade
e responsabilidade são maneiras de agir que estão intrinsecamente unidas, pois
uma não existe sem a existência da outra.
A
liberdade é um dom de Deus que nos criou livres, mas o reto uso da liberdade é
uma conquista do querer humano numa correspondência concreta à graça de Deus.
Neste
ano, as celebrações do Tríduo Pascal estão levar-me a pensar muito na
liberdade!
Jesus era
totalmente livre, pois sabia o que devia fazer e assumia o que fazia, sem
constrangimentos! Assumiu a morte, perdoou aos malfeitores e não recuou um
pouquinho só perante o sofrimento.
A
liberdade de Judas, levou-o a trair o Mestre apressando-Lhe a morte… mas
liberdade sem o verdadeiro conhecimento das suas capacidades nem responsabilidade
pelas suas atitudes uma vez que Judas não conseguiu assumir as consequências do
seu ato e se suicidou. Judas não foi
livre, foi escravo das suas ambições!
A
liberdade de Pedro ao negar o Mestre… não poderá chamar-se verdadeira
liberdade, pois Pedro agiu por medo. Foi uma covardia que o levou a arrepender-se
do que tinha feito, e ao tocar bem fundo no seu coração, que chorou amargamente,
obrigou-o a reconhecer a sua fraqueza e pequenez que, perante Deus e com a
ajuda da Sua graça, fez com que se fosse tornando mais forte.
Esta atitude
de Pedro é a imagem do que deve ser a verdadeira liberdade humana, frágil, assumida
e constrangedora, mas confiante na ajuda da Graça de Deus sem a qual nenhum
homem pode ser verdadeiramente livre, realizado e feliz!
Foi para
a liberdade que Cristo nos libertou! Que a Sua Santa Morte não tenha sido em
vão!
Ajuda-me(nos)
Senhor a morrer contigo para as más ações e ressuscitar contigo para uma vida
de mais graça de Deus, fé, esperança, sabedoria, coerência, simplicidade, humildade
e muito amor/caridade, ao jeito do Teu AMOR que abrasa qualquer coração que
queira ser abrasado por Ti e se esforce por colaborar contigo, na medida das
suas possibilidades, na Tua obra de Redenção!
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