Hoje festeja-se a Epifania do Senhor!
O
Menino visitado pelos Reis Magos, que representam toda a humanidade, onde cada
um ou uma de nós está inserida.
Reis
Magos que deixaram de ver a Estrela que os conduzia e foram perguntar por Jesus
ao Rei Herodes, pensando que nasceria por ali. Mas não! A Estrela desaparecida na noite de Jerusalém,
apareceu de novo e conduziu-os a Belém onde Jesus se encontrava. Procuraram
Jesus sem desanimar. E ao encontrar
Jesus, diz-se que avisados em sonhos voltaram para casa por outro caminho.
Claro
que quem se encontra realmente com Jesus na profundidade do coração não volta
mais ao mesmo caminho, à mesma vida, pois segue Jesus para onde Jesus o ou a
levar, mudando as suas formas de ser e viver, de pensar, de agir, mudando ódio
em amor, incompreensão em compreensão, aceitação, presença, ajuda!
Quem
se encontra verdadeiramente com Jesus nunca mais é o mesmo, a não ser que deixe
Jesus de novo, pois então ficará pior do que o que antes era.
Vamos
ver o que nos diz…
“”Santa
Gertrudes de Helfta (1256-1301)
monja
beneditina
O
Arauto, Livro IV, SC 255
«E,
prostrando-se diante dele, adoraram-no».
[Na
festa da Epifania,] estimulada [...] pelo exemplo dos bem-aventurados magos,
Gertrudes elevou-se com fervor e prostrou-se com humilde devoção aos
santíssimos pés do Senhor, adorando-O em nome de tudo quanto existe no Céu, na
Terra e nos infernos (cf Fil 2,10).
Não
encontrando presente digno que pudesse oferecer-Lhe, percorreu todo o Universo
com desejo ansioso, procurando entre as criaturas alguma que fosse digna de ser
oferecida ao seu bem-amado. Correndo desta maneira, queimada pela sede do seu
fervor ardente, descobriu coisas desprezíveis que qualquer criatura teria
rejeitado, considerando-as indignas de serem oferecidas ao louvor e à glória do
Salvador. E, apoderando-se delas com avidez, entregou-as ao único que todas as
criaturas deveriam servir.
Graças
ao seu fervoroso desejo, atraiu ao seu coração toda a dor, o temor e a angústia
que todas as criaturas suportaram desde sempre, não para glória do Criador, mas
por sua culpa e enfermidade, e ofereceu-as ao Senhor como mirra de seleção. Em
seguida, atraiu a si a santidade fingida e a devoção afetada dos hipócritas,
dos fariseus, dos hereges e outros parecidos, e também a ofereceu a Deus, como
sacrifício de incenso suavíssimo. Por fim, procurou atrair ao seu coração toda
a ternura humana e o amor adulterado e impuro de todas as criaturas, e
ofereceu-os ao Senhor como ouro precioso.
Todas
estas coisas estavam reunidas no seu coração, e o amoroso desejo com que se
esforçou por fazer delas uma homenagem perfeita ao seu bem-amado, qual fogo
ardente, livrou-as de todas as escórias, como o ouro é purificado na fornalha,
e elas apareceram como nobre e maravilhoso presente para o Senhor. O desejo de
Lhe agradar de todas as maneiras, testemunhado por estas oferendas, suscitou no
Senhor inestimáveis delícias, qual obséquio de rara beleza.””
Não
sei muito bem o que este texto me parece, mas está maravilhoso! Para Jesus, de
nada serve o ouro e a prata, mas o comportamento e sentimentos das pessoas por quem
deu a vida e continua a alimentar com o Seu Corpo e Sangue consubstanciado na
Sagrada Eucaristia… que deveria ser muito mais amada e querida!
Que
alimento doce! A Liturgia da Palavra é o próprio Jesus pela boca das pessoas a
falar-nos, a dizer-nos a melhor forma de ser e de viver.
O
momento do ofertório onde podemos colocar nas Suas doces e chagadas mãos tudo o
que temos e somos, os nossos familiares e amigos, o mundo, para que seja mudado
com Ele.
Inesperadamente,
parei de pensar! O coração bate apressado, enquanto as mãos, trémulas, colocam
aqui as últimas palavras de hoje!
Bendito
sejas, Senhor, pelo Amor imenso com que nos acaricias!
Que
toda a gente Te possa sentir, Senhor, e a humanidade mudará o seu rumo… para
Ti!
Bom
final de Domingo e boa semana!
Hermínia
Nadais
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